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terça-feira, 14 de junho de 2016

MOSTO

Bebo dum trago o teu mosto
na adega de um velho agosto
com a luz de um luar humedecido.
Abro-te a casta
como se a uva
fosse unicamente um desejo de nós.
Podámos o amor na estação sincera.
Até então,
nada sabíamos dos danos colaterais.
Dissemos o amar-te-ei
sempre na forma do calendário
onde o sarro nunca muda.


,2016,06.aNTÓNIODEmIRANDA

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