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quinta-feira, 9 de junho de 2016

BLOW WIND BLOW. BLOW BACK MY FRIEND TO ME.

Gosto sempre de ti!
Que mais poderei dizer,
Quando só consigo escrever
Até Logo?
As coisas, aquelas que ainda são importantes,
Por vezes não me transmitem muita tranquilidade.
Claro que sei que os anos vão enchendo um vazio que começa a preocupar-me.
Talvez sejam coisas próprias da tristeza que não há muito tempo, julgava que não caber em mim.
Pendurar poemas e passar palavras a ferro com a devida delicadeza, não deixará nunca de ser uma solução temporária. Outros dias vão amanhecer com noites de escuros diferentes que nos irão soletrar palavras que julgávamos esquecidas. Mas mesmo sabendo alguma coisa da não felicidade, tentamos à nossa maneira encontrar presentes para embelezar o passe social. Tenho o chão a fugir, e escrevo com um pau de giz, na mais cruel tempestade, e estou preparado para continuar a fingir que tudo não passa de uma nuvem passageira.
Mergulho num mar que não sei se é azul, e também ignoro o tipo de algodão que poderá secar as últimas lágrimas.
Não gosto do acordar com poemas que me faltam.
Blow wind blow. Blow back my friend to me.

,2016,06.aNTÓNIODEmIRANDA

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