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terça-feira, 28 de junho de 2016

COBAIA

É redondo o mundo,
embora com tantos cantos para limar,
e julgámos pendurá-lo ao pescoço
e assim distribuir gratuitamente a sua fatalidade.
Ando à sua procura, mas ninguém me avisou
da conspiração desta espera.
Não me posso fiar nas setas que me indicam uma direcção
para mais tarde me envergonhar.
Fugir desta mentira com passos atrevidos
e avisá-lo da minha indisponibilidade.
Correr! Correr! Correr!
Numa fé estragada
com que primo teclas do multibanco
com juros cobrados à cabeça para engordar o défice da infâmia.
Agora que sou a inerência do nada,
cobaia patrulhada num laboratório
habitado por nanotecnologia infectada.


,2016,06aNTÓNIODEmIRANDA

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