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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Siga a música! / Canned Heat - On the Road Again live at Woodstock 1969

Siga a música! /Jefferson Airplane - White Rabbit, Live from Woodstock 1969 [HD] (Lyrics).

Siga a música! / Country Joe __I-Feel-Like-I'm-Fixing-To-Die-Rag

Siga a música! The Rolling Stones - Hate To See You Go (Official Video)

Siga a música! / Muddy Waters & The Rolling Stones - Baby Please Don't Go (Live At Checke...

Mammie _SEC'ADEGAS

Siga a música! / Brian Setzer Orchestra - Rumble In Brighton - 7/25/1999 - Woodstock 99 E...

domingo, 30 de dezembro de 2018

ALLEN GINSBERG _BLUES DE LA IMPUNIDAD VIRTUAL / Versión de Ana Becciu (alforja)

Con impunidad virtual Clinton consiguió fondos para su campaña
de los chinos rosa
Con impunidad virtual los peones de la Contra CIA
vendieron Cocaína y enfermedad
en L.A. y Minneapolis
Con impunidad virtual el FBI incendió Waco apocalíptico
Con impunidad virtual el gobierno empezó a aplicar matrículas
enormes en los colegios públicos
Con impunidad virtual la FCC y el Congreso dieron su OK a la
censura fundamentalista en la Radio
Con impunidad virtual los Valores de la Familia insultaron a las damas,
los gays y los afroamericanos
Con impunidad virtual el Papa prohibió en el planeta el control de

la natalidad

Con impunidad virtual Carolina del Norte prohibió la sodomía en
el agujero equivocado
Con impunidad virtual los chinos prohibieron el nuevo lenguaje eléctrico
Con impunidad virtual los capos de la lotería albanesa compraron
y vendieron elecciones

E começou a musical!

DO NOT DISTURB. — em Teatro Cão Solteiro.

Texto alt automático indisponível.

A NOITE CAI NESTE MUNDO DESABRIGADO

Que poemas poderei escrever, eu o miserável não arrependido, anónimo sobrevivente desta infâmia incólume, que queima a chuva que agarro com estas mãos prenhes de promessas inocentes. Alguém me valha no meu querer de não me salvar, com que humedeço lágrimas do céu que me agradecem o breve instante do arranhão onde guardo todos os beijos. Que escrevo eu, sonhador de tantos rebanhos? Amai-vos aos poucos com letras de sangue nestas palavras lambidas que escorrem pelo poema. Estado liquido, lacre queimado em todas as vírgulas, seladas gota a gota neste bico de bunsen. 
Tenho nas mãos a bíblia da sobrevivência avariada, uma chamada nunca atendida, suspensórios ilusórios e uma fisga sem pontaria, amiga da rota de colisão. Embrulho-me na razão excluída, no hat-trick fora de jogo com trivela mal parida, bandeira ferida e olhos aos molhos vendidos como couves na mercearia onde os nabos não conseguem sacudir a água do capote. Câmara retardada, lente constipada, transformadas em bolas de Berlim, percorrem ano após ano o santuário onde os anjos não querem dormir. Ok, Marta! Já o tenho seguro! 
E caminho com um jerrican de 5 litros. 
Desculpa, já não me porto como dantes. 
Longos dias têm horas indecentes, marés estupidamente teimosas e sonhos banhados em canelas açucaradas. Triste tempero em algodão hidrófilo, só para afinar os ponteiros do relógio que fugiu daquela feira. 
Impulsos sonolentos não acordam os obstruídos mentais. 
A noite cai neste mundo desabrigado com vidas de partidas choradas. 
De nada servem os poemas. 
E arrependimentos como habitualmente 
sem significado, devem ficar na tecla do voltar atrás, como é nossa usual conveniência. Recostados no controle do saldo do cartão de crédito, amanhã iremos ser de certeza moderados no fútil consumo, respeitando assim um minuto de insolvência.
,2017,mai_.aNTÓNIODEmIRANDA

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A TAXA DA SOBREVIVÊNCIA CONTINUA A ENRUGAR

Propuseram-me sempre o caminho certo. 
Limitei-me a seguir as curvas que o enganavam. 
Nunca fiz batota nesta mesa. Desfiz todos os bluffs. 
Cresci numa cidade da província e ganhei todos os jogos da infância. 
Fui toureiro, imitação de padre, e, para a idade, um bem sucedido chavalo de negócios, (razoavelmente pago), na actividade de acólito de funerais. 
Vou mantendo com a vida o duelo sempre pronto a derrotar-me. 
Mas, mais rápida que o disparo, continua esta vontade de não desistir. Não cultivo o acto de perdoar, muito menos o lamento da falta de coragem. 
Agora que estamos sós, isto é, eu comigo mesmo, chegou a hora de dourarmos o cadáver e entregar as balas na repartição de finanças. A taxa da sobrevivência continua a enrugar.

2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

CARTA MENSTRUAL

Sou virgem!
Eu sei que na minha idade 
não será normal.
A castidade é um apêndice 
abusivamente inoperante, 
inibidor e estúpido.
É necessário não sabotar 
as boas hipóteses.
Não penso seriamente em nada.
Não desdenho possibilidades 
que me incomodam.
Limito-me a registar 
a sua não importância.
Outros dias virão,
afirmam os entendidos 
dos tratados da geriatria.
Sou do signo não-sei-quê,
portanto,
admito um ascendente deveras curioso.
A minha carta menstrual estará sempre dependente do diferencial entre mim, e, aquilo que julgam que sou.

2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

LUBRIFICADO NA ALMA ERRADA

Sou apenas um homem usado, 
lubrificado na alma errada.

Tenho no depósito um nada sem sabor, 
sempre pronto a cumprimentar 
a chegada da brigada das más notícias.

Não preciso de mais tempo, 
para além daquele que vai torneando 
a minha vontade.

2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

SPAGHETTI...

Esconder-me de mim,
é um truque que já não me emociona.
Refugio-me na tela dos filmes negros,
e embalo o duelo ao entardecer
no charuto do Morricone.
Por um punhado de moedas,
estou sempre pronto,
para vender esta alma
com recheios de traição.
Sou um cowboy de imitação,
plastificado em séries de entretimento
duvidoso.
Entretanto o spaghetti...
arrefeceu.


2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

CETIM BRANCO

Lembro-me de si, mãe.
Estou a chorar na varanda.
Não se preocupe.
Não estou triste.
Não ligue às lágrimas 
que me escorrem pela cara,
manchando estas palavras.
Mesmo assim, 
não consigo escrever a dor 
de tanta ausência.
Continuo a dar corda ao tempo,
mas, o relógio está a ficar 
cada vez
mais cansado.

2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

CONTA-ME UMA HISTÓRIA

Conta-me uma história,
pedia-me a memória,
antes que acabe o copo.
A ideia ficou colada à rolha da garrafa,
e de repente, soltou um olhar
que aterrou nas minhas mãos.
Não sou de obrigações,
nem de faltar ao respeito à consideração.
Quebrei a cabeça em duas páginas,

e…

a página 1, era uma vez tu.
A página 2, vais sempre ser tu.
As vírgulas e os parágrafos,
serão sempre nós.


2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

SACO TÉRMICO

Homem casado,
com vícios ainda não definidos,
procura saco térmico
com alguma disponibilidade
para algumas horas
acutilantes.

nb: não respondo a prestamistas
nem a vendedores ambulantes.

2018Dez_aNTÓNIODEmIRANDA

O JAGUAR do VITOR BAPTISTA.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, automóvel e ar livre

O SAAB SONETT do Senhor EUSÉBIO DA SILVA FERREIRA

A imagem pode conter: 1 pessoa, a sorrir, automóvel

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

O HÁLITO SALGADO


Está frio no meio do meu sonho.
A pele estica-se fora da dor,
fugindo do sangue atropelado
pela lama da vida.
Tenho na mão
o hálito salgado
dos tempos morridos
desta espera constante.
Não posso pedir ajuda
a esta importância que me julga,
neste cambalear
com que embalo o meu vazio,
pensando iluminar as agruras
onde tanto me desanimei.
Estendo sorrisos
como se a eles alguém acenasse
e assim me envolvo em bolhas de cotão.
Vou passando em todas as ruas
como a areia do deserto
que sobrevive à falta da mais pequena ternura.
Chego sempre cansado
demasiado cansado
carregando o peso da minha ausência.
Descalço o olhar
escondo o desejo
alisando a memória
nas ilustrações esbranquiçadas
da minha ilusão.
Infinito é o bocejar do meu passado
feito com o polimento das pedras
que me atiraram.
Continuo apartado.
...depois de todo este tempo.


,2017jan_aNTÓNIODEmIRANDA

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A GAIVOTA MORREU PASMADA NO AREAL

Agora sou um apêndice a descansar na prateleira x de uma qualquer estante no museu nacional da ternura amiga. 
Sou mostrado em aplicações com detalhes da minha não autoria. 
Uma relação sem causa nem efeito. 
O que condiz comigo não tem qualquer avaliação. 
Sou agora a espécie com agente de todo o tempo sem verdade, escrevendo os dias difíceis aparamentados nos corredores onde não tenho lugar. 
Tudo é tão longe nestas selfies mal paridas com que pensamos ilustrar a saudade que já não nos pertence. 
O mais que nos interessa não passa de um lugar onde penduramos desejos, um foyer descamisado com um cabide com o número previamente determinado.
Convite de uma promoção tão enganosa como a falta de interesse com que nos esquecemos. 
Voltem sempre, é o habitual agradecimento daqueles que fazem de nós pacóvios. 
Esta é a viagem inútil, do imenso roubo que nos dobrou a espinha, tornando-nos fantasmas sem a alegria da ficção.
Oh terra minha, que tanto me atraiçoas, não me consideres ainda tua pertença. 
Não posso cantar-te nem nos cânticos paridos com prantos de alguém que gentilmente ousou acreditar em ti. 
Nada sei do teu carma, nem do marujo que o enterneceu.
A gaivota morreu pasmada no areal.


2016,11aNTÓNIODEmIRANDA

Abílio Augusto Gonçalves de Miranda

4 Dez_1927| 3 Nov. 1987
Gaveta 2678 Cemitério da Amadora.

POEMA PARA OS MEUS PAIS


Solitário
No jardim das árvores brancas
Só tenho para vos dar
A rara rosa que embeleza a tristeza.
A distância
Nunca nos diminuiu,
Mas agora estou mais perto.
Perder-me-ei no caminho
Que não tem mais regresso.



aNTÓNIODEmIRANDA

BEAT ATTITUDE_ na Poesia Incompleta


quinta-feira, 29 de novembro de 2018

SEC`ADEAGAS_Leitura de poemas de aNTÓNIODEmIRANDA com Variações em SI até meter DÓ


FUCK-MAIL

Ossos nas esquinas.
Coletes escondidos.
Cães de palha amansando latidos.
Onde se esconderam os sossegos sem medos que fintavam a tristeza?
Navegam arrependidos na barca das vidas não salvadas, e pintam bouquets enlatados na náusea, que nos traga a alegria.
Um final feliz, fica tão longe do nosso olhar, e as fintas que consolam a mentira, enfeitam maldosamente o porta-chaves da esperança.
Há agora, um silêncio magoado que dança a noite da solidão.
Está tão áspero este caminho, sem poetas com fé na esperança que prometeu nunca os abandonar.
Guardam-se numa máquina de escrever, sem histórias para contar, os abraços das folhas caídas.
Uma ideia sempre optimista.
Um nó para apertar,uma constelação constipada, e, um agradecimento timidamente arrependido.
Alguém vomita poemas contra a própria sombra, e na bebedeira do desgosto, implora a urgente significação da sua não identidade. Mas, Ele, ocupado como sempre, deixou uma mensagem no “fuck-mail”.
Os ossos cansados,
albergaram-se numa pilha.
Têm frio!
Puta que pariu a avaria no incinerador!

2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

OUTROS SONHOS REGARÃO AS NOVAS FLORES

Uma rosa
desespera
 pelo espinho
 roubado.
Um espinho
 desanimado
 deseja picar
 a rosa
 que o abandonou.
A rosa
 e o espinho
 não podem viver
 separados.
A vida é assim.
Outros sonhos regarão as novas flores.



2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

INÚTIL TENTATIVA

 O amor há muito que partiu,
 só porque nunca estiveste presente.
 E é assim,
 que as lágrimas
 passam pelo tempo.
 &
 o tempo
 que assim pensamos
 viver,
 será sempre
  o momento
  da mais inútil
 tentativa.


2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

A SOLIDÃO TEM OUTROS NOMES

Falam de ti, naquela carta
que baloiça no teu
pescoço.
O nó que tens na garganta,

é mostrado num anúncio
que conspira na tua pele.
O teu choro não importa,
o teu sorriso para nada serve.
A ambição morreu

antes de te tornares
pessoa.
A solidão

tem outros nomes,
não aqueles

que te escreveram.
Aqueces nas mãos

o esquecimento
com o que te fizeram,
enquanto aplausos

que nunca compreenderás,
acontecem no teu deitar.
Na tristeza da cama,

sonhos filmados nas paredes,
não passam de chuva que disfarça
todas as recusas.
Lágrimas aconchegam

a almofada dos desassossegos
que nunca te abandonam.
 
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O QUE ACONTECE COM_ELA?

Casada _Católica
Depravada no_Confessionário
Só faz_Oral de costas para o Altar
Geme_Devagar
Mas,
O que se passa com o _Olhar?
Será pecado_Engolir?
Mentir o_Desejar?
E o marido á espera,
tirando a caspa da lapela.
O que acontece com_Ela?
Ultimamente tem chegado
sempre_atrasada.
Sem_Disposição,
_Cansada.
& à noite,
quando tento tocar-lhe...
não diz o meu Nome.



2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

CARTA COM AVISO DE RECEPÇÃO


Agradeço encarecidamente o interesse manifestado.
Contudo, informo que a sua autoproclamada postura artística , não se coaduna com a minha linha motivacional.


2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA  

TEORIA DA PERPLEXIDADE

ideias sem nexo
nunca me deixaram
perplexo



2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

PRESCRIÇÃO

Ando

                       a

                          tomar

 saudades

                        de

                               ti


2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

Parabéns abraçados, Miguel Martins.

 
 

terça-feira, 20 de novembro de 2018

ACORDO PORNOGRÁFICO (Prazer exacerbado)

1*VEZ | ANJO DO AMOR | MEIGA SEXY TARADA INSACIÁVEL
| RATA BEM PELUDA | EM BRASA
| COM UMA PETENLHAÇA BEM JEITOSA
| SOU MUITO SAFADINHA NA CAMA
| TUDINHO SEM TABUS |
 BELÍSSIMAS MAMAS GRANDES PARA FAZER UMA BOA ESPANHOLADA
| BOCÃO DE MEL | ORAL NATURAL ATÉ O FINAL
| BELO RABINHO TODO TEU
| ADORA LEVER POR TRÁS
| SOU MUITO CARINHOSA
| FAÇO CHUVA DOURADA
| TEMNHO ASSESSORIO PARA FAZER UM BELA BRINCADEIRA
| CONVÍVIO BEM PICANTE
| COMPLETO | E PURO
| DELÍRIOS
| VEM QUERIDO
| FAZ TODO BEM GOSTOSO
| EU ESTOU A ESPERA!!!


2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA

ALUGAM-SE QUARTOS

O poeta,
descansa o olhar no cachimbo,
e folheia entre os dedos memórias sem alta definição.
Ata as palavras para que não fujam da algibeira, sossegando-as com o fumo que disfarça a fraqueza.
Desenha na ampulheta momentos que não quer esquecer.
Veste o pijama ao mar, aquece a areia na espuma do peito, e volta e meia, desaparece sem ninguém dar por isso.
Lá, naquele sítio, onde se atiram pedras à sorte, cães curiosos brincam à cabra-cega,

no calor da luz do farol.
A noite vai caindo,
agasalhada no sobretudo do nevoeiro.
Alugam-se quartos.
A lua sorri matreiramente.



2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA

#Da série não quero que nos falte nada. Traça com bacalhau & selada de fruta. Bom apetaite e pouca fome.

A imagem pode conter: comida

Do Timo



Do Tomás Miranda


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A REALIDADE ESTÁ NOUTRO FILME

É numa alcofa que escondo os silêncios que me comovem.
Embrulho-os em tons de rifas, para num sorteio batoteiro, adivinhar o destino que deitei fora.
O silêncio é um lugar sossegado que estendo na vida para o sol corar.

Afasto o tempo das horas más, e assim, tranquilizo a esperança despida do sentido da fé mentirosa.
Aguardo na porta ao lado, a entrega do aviso de recepção dos dias felizes.
O amanhã está escrito num calendário ardiloso, ilustrado com palavras que não conheço.
Tropeço na luz da pálida angústia,

e desligo a memória antes de acordar.
Bem-vindo à terra dos patetas!
É o que está escrito no tapete do paraíso.
Volto atrás sem sair do mesmo lugar.
Enganei-me na matrícula do sonho.
A realidade está noutro filme.

2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

RICARDO TOSCANO

 
 

Anarchist Film Archive

https://christiebooks.co.uk/anarchist-film-archive/?fbclid=IwAR1GueAHhQy2_xV3lKM2vNy8ejFF3QKJMbtH02MhgzLuaZSCl05wobH6r7Q#

# do livro LIVRARIA BUENOS AIRES_tea for one"

 
 

O SONHO FICA SEMPRE FORA DO LONGE

Tu és a maçã da minha vida, acontecida em contramão,
num lúmen tão ardente, chama intransigente,
alegoria de estrela arrependida. 

  És uma causa perdida como toda a loucura medida, como se ama insanamente a paixão à deriva, onde eu perco a tua rota.
Bússola avariada sem seios proibidos
para que ardam todos os sentidos
como se fosse nossa a tua madrugada.
E transpiro o bafo quente da ousadia inventada, porque finalmente todos os desejos são possíveis.
E alinho num compasso o que de mim desfaço,
qual ângulo sem hipotenusa nesta dor confusa
onde só aconteço para voltar.
Mas, nada é demasiado simples!
Ainda mais o amor mais querido,
o embraço do beijo mais procurado.
E aqui, tão distante,
o sonho fica sempre fora do longe.

,2016,08.aNTÓNIODEmIRANDA

sábado, 10 de novembro de 2018

A FULIGEM DOS DIAS CINZENTOS

Dizem que estou nervoso.
Mas eu não tenho disposição para
equações estúpidas.
E se é verdade que os tempos mudam,
nada melhor que uma pele escamada,
para sacudir a fuligem dos dias
cinzentos.
Vou deitar-me.
Abraçar o vermelho
dos sonhos que gostaria de lembrar.
Preciso urgentemente
de outras lâminas.
Falaram-me de um druida
que dourava as lágrimas amargas.
Confiei na sorte.
Mas continuo sem saber

onde a encontrar.
Era suposto um final minimamente
adequado.
Confesso.
Disto sou,
o último
culpado.



2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

RODA DA FORTUNA

Não lamentes
o tempo que nunca
te pertencerá.
Fechaste as portas com a chave
da ferrugem do descrédito.
Ousaste o sonho mais errado,
enquanto a serenidade
que fugia do teu olhar,
pulava a trave
onde a esperança absurda
estava colada.
Calibraste a vontade
na bandeja do sarcasmo,
e,

descansaste no dia da 7ª hora.
gente acreditou
na tua tonta roda da
fortuna.



2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

COBAIA

É redondo o mundo,
embora com tantos cantos para limar,
e julgámos pendurá-lo ao pescoço,

e assim distribuir gratuitamente a sua fatalidade.
Ando à sua procura, mas ninguém me avisou
da conspiração desta espera.
Não me posso fiar nas setas que me indicam uma direcção para mais tarde me envergonhar.
Fugir desta mentira com passos atrevidos
e avisá-lo da minha indisponibilidade.
Correr! Correr! Correr!
Numa fé estragada
com que primo teclas do multibanco
com juros cobrados à cabeça
para engordar o défice da infâmia.
Agora que sou a inerência do nada,
cobaia patrulhada num laboratório habitado por nanotecnologia infectada.


,2016,06aNTÓNIODEmIRANDA

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

STILETTO

Certificava o olhar com o velho rímel,
e o espelho mentiroso,
retocava a sua satisfação.
Lábios a condizer com a ousada lingerie,
advinhada no auspicioso decote
que enlevava o andar desenhado pelos stiletto.
Aprumada até à vagina,
ensaiava passos à la minute,
e,
continuava á espera,
do assobio vindo do sofá vazio.
Sempre vazio.
Já com o sabor do bolor do tempo,
que envelhece o desejo,
sofisticava a pele manchada
pelos beijos nunca acontecidos.
Cuspia na sorte
que a conduzia para o quarto.
Vazio.
Frio.
Como de costume...


2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Obrigado Senhor Ferlinghetti



Remembering John Lee Hooker,

https://www.facebook.com/dusttodigital/videos/10156326444380821/

Howlin’ Wolf

https://www.facebook.com/dusttodigital/videos/10156298178915821/

Finita Imperio - La bien pagá (1961)


RICARDO TOSCANO


REQUIEM PARA UM RECÉM-NASCIDO

O silêncio é um lugar sossegado.
Há gajas boas todos os dias, e nos outros,
também não.

Deixa-nos cansados de tanto tentar abrir janelas,
para um olhar sem nada.
Quietos, na espera da manhã atrasada,
celebramos os coros da esperança sem sentido,
enquanto salgamos as feridas que nunca fogem de nós.
Alegramo-nos no futuro derrotado,
e fugimos num passo miúdo,
antes que as lágrimas se riam.
Abraçamos qualquer possibilidade,
ao som das trombetas tocadas por músicos de ocasião, mascarados de talhantes,
hábeis conhecedores da vindima do sangue.
Bebei agora, o que de mim resta!
Claro que é pouco.
&
sobretudo,
não presta.


2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA

HELLO SUNDAY, HELLO ROAD GIL SCOTT-HERON


domingo, 4 de novembro de 2018

ENCONTRO IMPOSSÍVEL

Não há champanhe nesta taça.
Apenas a fome do desejo sem nexo,
uma fuga sempre presente,
para o horário roubado,
do comboio que trazia
o amor.
Há um postal,
sempre à espera de ser entregue.
Um bilhete qualquer,
sem resposta
para a dúvida habitual.
Corre o tempo,
naquela avenida abandonada,
beijando a pressa
do encontro impossível.


2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA



ATÉ QUE ALMA LAVE O CORPO ESCONDEREI ESTE SENTIMENTO PARA A MANHÃ FELIZ

É possível que possas confiar em mim, sobretudo quando tenho as mãos no meio das tuas coxas.
Não duvides desta intenção, porque os poetas só escrevem verdades tacteando certas carnes.
Lembro-me de ti, sorrindo naquele acordeão que inventava os passos do caminho para a cama.
Luz apagada, desenhava poemas na tua pele e o teu arfar molhava os beijos que nos deitavam.
Cansados, rezamos a oração dos amantes ausentes para o acordar sem memória e um até logo que sempre partiu antes de nós.
Até que o sonho lave o meu corpo,
esconderei este sentimento para a manhã feliz.
Let it roll, baby, roll!
Let it roll, all night long!

Melides,2017,jul_aNTÓNIODEmIRANDA

POESIA-ME

Não quero nada de profundo.
Já me basta o presente sem fundo
e um qualquer acaso sem caso que me preencha.

Talvez um anjo vagabundo me calque os ouvidos
sem as palavras certas
escritas na cortina
em forma de segredo.
Triste enredo voando na incerteza
como pássaro triste escurecendo o céu,
pintando a noite recolhida no ninho
que já não lhe pertence.
Não quero nada de profundo.
Nem sequer o poema onde tu já não cabes.
Talvez um momento sem efeitos secundários
nem princípios activos para a manutenção
do nível razoavelmente normal de colesterol.
Não quero nada de profundo.
Como se rezar antes de deitar
tingisse uma urgência
que também já não cabe em mim.
Poesia-me em lume brando
com o gume da chama violenta.
Poesia-me como se eu fosse o único poeta
que usa versos atados num punhal
onde ardem soluços em morte lenta.
Poesia-me
como se a poesia fosse sempre verdade.


,2016,03aNTÓNIODEmIRANDA

sábado, 3 de novembro de 2018

O CAMINHO SEM VOLTA

Um homem sentou-se sozinho no meio da sua tristeza, e, escutou uma voz que lhe disse:
não serás nunca o único.
Já não sou o que o mundo espera que lhe ofereça.
Volta para mim,
mesmo que o vento te sopre,
este absurdo pedido.
O sol,
vestirá só para ti,
o manto infame da hora sagrada,
para apenas te convidar,
a matar todo o tempo que te roubou.
E,
é este,
o caminho sem volta.



,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA

ENCONTRO IMPOSSÍVEL

Não há champanhe nesta taça.
Apenas a fome do desejo sem nexo,
uma fuga sempre presente,
para o horário roubado,
do comboio que trazia
o amor.
Há um postal,
sempre à espera de ser entregue.
Um bilhete qualquer,
sem resposta
para a dúvida habitual.
Corre o tempo,
naquela avenida abandonada,
beijando a pressa
do encontro impossível.



2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

CRÓNICAS DE VILA CHÃ (VILA CHÃ BLUES)

Vou deixar esta aldeia.
Já não tenho nomes para chamar.

Mesmo com as asas queimadas, cantas no tronco ardido, lembrando a tua primeira visita. Sobreviveste ao inferno visto em directo na televisão. Nenhuma ajuda te considerou, tu, velho lutador, vendedor de histórias que ninguém sabe. E chegaste à árvore dos segredos, que só a mim contavas. Patas feridas na terra que assassinaram, corpo sangrado nos folhos da indignação. Não és notícia de nada. Histórias que desaparecem, eu, que te conheci, quando me olhavas com a certeza mais linda, que só os amigos merecem.
Sabes, magoam-me muito estes caminhos, sem os cheiros que nos abraçavam. Tenho todas estas lembranças nas fotografias, mas, tal como eu, sabes que isso não passa de um momento que cada vez, menos nos aconchega.



2018Set_aNTÓNIODEmIRANDA

O REI DA SUCATA

Atraía simbioses.

Para coleccionar
metamorfoses
em 2ª
mão.



2018Set_aNTÓNIODEmIRANDA

DEAD ANGEL BLUES

Publicado pelo " O Homem do Saco" em 27 de Outubro de 2018.
Um dos temas favoritos dos SEC`ADEGAS.


 
 
 
 
 
 

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Morreu Gérald Bloncourt, "o franco-atirador" bidonvilles e da emigração portuguesa “a salto” dos

https://www.publico.pt/2018/10/30/culturaipsilon/noticia/morreu-gerald-bloncourt-retratista-bidonvilles-emigracao-portuguesa-salto-1849337?fbclid=IwAR09zc2wfWt1F-1EdoFJ1Y6HJUiTCZEps6bswHMaOt0NwIGtGVOlmIPog_w#

ESTRELAVA NO CÉU BEIJOS AGRADECIDOS

Não passo de um ruído espalhado pela vida que
mesmo no paraíso precisa de amigos.
E no alarido de um coração picado há um cavalo que foge da sela que o quer trair.
Subtrai a ternura suicidante que lhe apaga a chama efémera e num grito desenfreado salta a angústia como se fosse arte poética.
E agora cansado chora o libelo da maldição que o fez prender.
Saltou o mais que pode a cerca que lhe toldava o horizonte e só agora pode beber num gole total a imensidão que lhe vendaram.
Feito poeta e na ausência do juízo normal aquece no galope sonhos há muito guardados.
Aparece de quando em vez nas quintas-feiras da poesia possível e fingindo que não chora, abraça qualquer presença.
Na forja que lhe derrete a alma espalha todos os poemas que cabem no seu mundo.
Apenas um sossego aqui na terra depois deste deus louco irmão de todas as morfinas e crítico apreciável dos benefícios da marijuana, longe da masturbação das agulhas beijando na fornicação a cara sem sangue que desliza pela parede riscos indolores de uma salvação com doses para uma semana.
Pedaços que exibe na mão foram um poema nunca sujo, escrito em moedas que mancharam a carne que pensava o amava.
E agora não consegue saltar os muros do sonho neste cenário de bêbados circuncisados.
Nesta escrita de raposa com a permanente promessa de não ganhar qualquer grammy,
perde-se nesta sensata e inútil razão que se perpetua na pele.
Deus não existe!
O diabo é que às vezes se esquece de ser mau!
O inferno é aquecido por um micro-ondas.
E as formigas diligentes lêem notícias sem sabor.
Dizzy e Parker sabem do que fala.
E eu não minto tanto assim.
Naquele tempo Nina Hagen vagueava pelo Harlem e beijava todos os pretos que tinha no coração.
Miles tinha escrito nas bochechas que a infância nem sempre é um acto saudável.
Berry no seu duck walk olhava docemente para certas teenagers que fingiam ter sexteen.
Ás vezes sentia no corpo um fato que pertence a outro, quando o dia lhe corria tal mal contrariando a mais optimista previsão do relatório do tempo.
Era quando o vento fugia da morte e empurrava esta mania de pensar que sabia quem foi.
E molhado por esta invenção, entregava ao deus- trará protocolos falsamente assinados da sua presença.
O gato de Ferlinguetti poderá testemunhar a afluência inaudita na agência de turismo onde costumava urinar.
O calor do seu orgasmo aumentou a temperatura do deserto que foi a cama que nunca cheirou a sua solidão.
Eram noites sem janelas onde a memória acaba por fugir.
E assassinam gemidos de guitarra sangrando o ventre até aos dedos que só a queriam acariciar. Agarrava os blues do Mississipi e snifava o pó dos velhos vinyls que podaram a sua juventude. Retornava á velha casa e beijava o som roufenho que chorava naquele velho gira-discos, só para voltar a escutar de novo aquela música.
No caminho de volta encenava estrelas e falava com todas as palavras possíveis.
Estrelava no céu beijos agradecidos.
 
 
,2017,abr_.aNTÓNIODEmIRANDA

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

QUANDO OS OSSOS TE SABEM A FRIO


Quando os ossos te sabem a frio,
desconfia do inferno.
Ele, faz-te sempre mais feio.
Não faças disso a preocupação maior.
Também convém o não abuso

de certos cremes,
nem aderências bem comportadas.
A vida não é feita de desculpas.

Fiz, poderia ter feito,
se calhar ou talvez não.
Tiveste todo o tempo para ter juízo.
Mas decidiste sempre mal.

Leste a loção errada,
aquela que te convinha.
E agora, em frente da televisão,

és o conhecedor mais instruído
na merda que construíste.
Passas o lustro ao carro,
porque em ti, já nem isso funciona.
Mas, não te preocupes.
Há sempre um imbecil,

que irá compreender a tua insolvência.
Há gostos para tudo.
E eu,

sobretudo,
adoro o meu,
que faz com que não goste de ti.
Quando os ossos te sabem a frio,
é chegada a hora de alguém

os queimar.


2018Set_aNTÓNIODEmIRANDA

NADA, PARA ALÉM DA NEGAÇÃO

Qual o tempo que me pode ajudar?
O da flor que me abandonou,

rosa dos espinhos sangrentos,
o da ausência da ousadia,
ou os dias das pétalas magoadas,
que regam com as lágrimas
esta solidão que já não me embala?
Ou a fúria que escreve na pele
incêndios de asas indignadas?
Um peixe poisa na minha mão,

enche-me a carteira de escamas
que declamam o verbo triste da solidão. Corações desenham na areia,
a lembrança dos falsos passos.
A chama que me ilumina,

não passa de uma luz
imensamente enevoada.
Nada, para além da negação,

para subtrair nesta conta errada.


2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

NÃO VOU FALAR DE POESIA

Não vou falar de poesia.

Estou feliz!
Demasiado contente para assassinar
as palavras sagradas.



2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

NUNCA PRETENDI SER EXEMPLO

Sobretudo para mim.
Sou tão

ego, que

admito
um
no
meu clube de fãs.
Eu!
Não pedirei nunca desculpa
aos apaziguadores das intenções
por mim paridas.
Até porque sou desajeitado
a lamber feridas,
e ainda não encontrei a tal esponja
com que os mal-dignos,
pensam limpar as ofensas.
Continuo com esta,
tão usada quanto eu,
que onde toca,
apaga para sempre aquilo que me desgosta.
 




2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

OUTRAS REALIDADES

Não vivo com o passado.

Sonho sempre outras

realidades.



2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

PETA




Não me rejo por interesses.

Mesmo por alguns dos meus.


2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

É PROÍBIDO ENTRAR

Fecha a porta.
Já estão cá todos.
Mesmo aqueles que não sabem

que faltaram.
As flores esperam o toque,

enquanto brincam com palavras
cruzadas.
Cá fora, na pedra dos sonhos curvados, juntam-se numa amena cavaqueira,

versos amarelecidos por tão longa espera.
Um bandoneon abandonado,

aguarda na milonga
mãos que o afaguem.
Cá fora é um lugar

que não merece ser respeitado.
E a velha canção vai espalhando teclas,

que já não são flores,
num caminho já sem sentido.
Sangramos a mesma cor do triste tango.
Cá fora,
risquei a voz

que constantemente repetia:
é proibido entrar.

 
2018Jun_aNTÓNIODEmIRANDA

domingo, 28 de outubro de 2018

LEBLON

Descia invariavelmente o carreiro empunhando um cartaz no peito.
Ninguém lia que ela gritava flores para o respeito, angústia por não ter pão. E os votos, só queimavam a sua tristeza chorada nas lágrimas da ingratidão. Má sorte tem quem confia na servidão. Morava num barraco com o céu mais triste que se podia ver. Queimava a esperança num fogo sem chama, fingia despir a tristeza, sempre á espera de um sol melhor. Manhã cedo, acordava antes dos tiros do BOPE. Vestia a a
nsiedade e benzia-se no caminho que matou muitos daqueles que se acostumou a gostar. Descia até à cidade das grades desconfiadas para o seu chegar. Esfregão na mão, sempre disponível para os abusos do patrão, via soluçando para a televisão, uma bala sempre certeira que matava toda a ilusão. E no andar para o bairro, as apalpadelas habituais que tanto machucavam a sua vagina, há muito sem vontade para sexo. Queimara há muitos anos os “Subterrâneos da Liberdade” e a foto tirada ao lado do “bispo vermelho”.
Chegada a casa, cortava-se no espelho com aquele silêncio que só os heróis podem chorar.
 
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

SANTOS DA CASA NÃO FAZEM DONUTS

Era no tempo em que sorria.
Pássaros felizes poisavam os ténis
nos seus ombros com a leveza respeitável
para não ferir a bondade.

Coçava a cabeça
num enlevo vaidoso,
e lia-lhes o paraíso escrito
em fascículos não programados.
Árvores contentes molhavam a relva
com pérolas de satisfação.
Uma dança de duendes amparava
a peregrinação mais bonita,
à espera dos dias da esperança radiante.
Um até logo,
nunca em tons de despedida,
acendia candeeiros que beijavam a festa. Notas soltas, bailavam à toa,
e incendiavam as asas
dos corvos mais felizes do mundo.
No jardim das delícias,
os malmequeres dormiam abraçados
às pétalas da realidade festiva.
E alguém acreditava,
que o sonho só depois acontecia.
Sentada no velho cais,
a maré juntava a mais sagrada espuma,
para abraçar o sono dourado.



2018Jun_aNTÓNIODEmIRANDA

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

NO DIA EM QUE COMEÇAR A GOSTAR DISTO, DEIXO DE CÁ VIR.

- foi recentemente referenciado, como um dos três piores tocadores de guitarra da actualidade. Qual o seu comentário?
- devo confessar que foi uma pequena desilusão. E afirmo peremptoriamente que irei continuar a trabalhar, para atingir o primeiro lugar no pódio. Aquele que almejo nesta árdua tarefa de enferrujar as cordas de uma qualquer guitarra, onde ponha as mãos.

- portanto ficou triste.
- claro. Tinha essa expectativa. Até porque considero que o gajo das castanholas era muito pior do que eu. Mas nestas coisas o júri é impregnável. Contudo, a esperança não morre aqui. E como mau perdedor que sou, aconselhei-o a ter cuidado com as amígdalas. Não vá o diabo aquece-las.
- nota-se no seu tocar uma acentuada tendência seminal repetitiva. Quer falar sobre isso?
- comecei a tocar guitarra, porque sempre achei que era menos doloroso do que descascar favas. A minha influência mais marcante, e ouso agora confessá-lo, é a quantidade de gelo que meto num copo com whisky de má qualidade.
- como acontece o alinhamento dos temas?
- não é importante. Devido ao efeito da carga etílica e outros derivados, chegamos à conclusão que os ensaios são depois das actuações.
- qual a sua relação com o êxito?
- umbilicalmente detestável. Embora deva dizer, “off record”, evidentemente, que os nossos vídeos no youporn, superaram as expectativas mais estúpidas. Vale o que vale. E de facto, não vale grande coisa.
- e agora, uma nota final. Planos para o futuro?
- no dia em que começar a gostar disto, deixo de cá vir.
 
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA

"OBRIGÁDÔ"

https://www.facebook.com/voltadmareditora/videos/2289717974594492/?t=4


"AMSTERDAM CENTRAL STATION #75"

https://www.facebook.com/voltadmareditora/videos/2208448695837932/?t=22


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Do Miguel Martins.


Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando) - Geraldo Vandré





BRASIL_OUTUBRO_2018
A única merda da democracia, é a estupidez da maior parte de quem vota.
Leminski ! O senhor é um sortudo. Felizmente não assiste a esta vergonha. Nada se aprendeu nesta farsa da batoteira mudança. Também envio um abraço para o Geraldo Vandré, e para todos aqueles que cantaram “Para não dizerem que não falei das flores”, para os senhores Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Ferreira Gullar, Jorge Amado, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Alceu Va
lença e um cumprimento especial para Paulo FreireDom Hélder da Câmara.
Reafirmo que a minha consideração por vocês, continua para sempre.
Estranho?
Os imbecis, nunca aprendem!
2018Out_aNTÓNIODEmIRANDA

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

MERO OBSERVADOR


Casamento do André Miranda e Mikyung Kim (Sofia).

Foi linda a festa.
Que todos os momentos de felicidade, fiquem para sempre na colecção das recordações.
Obrigado, Dália Miranda, Jorge Miranda, equipa do Solar do Morgadio , e a todos os que estiveram presentes.
Os SEC`ADEGAS gostaram de tocar para vocês
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