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sábado, 29 de setembro de 2018

SEC`ADEGAS

Por vezes atingimos um nível inalcançável.
… bem que podia ser verdade...

2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA

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Poesia à Deriva XIII 25.09.2018 | Elementar/ Algés

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Tomás Miranda Luthier, Maria Fernandez Marques, António de Miranda, Ana Gomes da Costa, Tó Zé Salomão, Pedro Bap e Paula Barata em Elementar.

#Da série SEC' ADEGAS GEMESSESSION. Porque hoje é 5a feira. 27Setembro

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ON THE ROAD! (Com Ana Gomes da Costa_Tomás Miranda e Tozé Salomão





O CÉU NO OLHAR

 Tinhas o céu no olhar
e um sorriso quase total,
que reconheço, embrulhava todas as dúvidas.
Mas o tempo nem sempre corre para o lado certo,
conforme está desenhado nos mapas.
O barco que apanhamos muitas vezes é um furioso vilão, atrapalha as boas marés sem costa possível.
Fiquemos pela corda que nos aproxima
e deixemos qualquer nó para outras hipóteses.
Riscamos na proa sem destino
e quilhamo-nos no leme
que dirige o nosso abandono.
Temos na mão uma bússola com varicela,
um termómetro exaltado e a vontade pintada numa vela.
Atira-te ao fundo,
mas não magoes nunca o teu sentido.
Salva-te onde puderes.
Para isso,
foge daqui.


2017,jun_aNTÓNIODEmIRANDA

sábado, 8 de setembro de 2018

DESPEJADO

DESPEJADO
 
Nem um tusto na algibeira.
Sonhei a vida inteira que isto nunca mais iria acontecer.
Olhava as estrelas do meu céu, tapava-lhes os sonhos com o véu chorado da minha tristeza.
Nem um tusto na algibeira.

Sorrir sem jeito nem maneira,
cobrir as lágrimas de todos os caminhos,
só com a revolta dos sonhos devorados.
& as morfinas sempre ausentes,
naqueles sorrisos que não me pertencem.
Quebro galhos que não quero queimar,
e penosamente entranho na solidão,
este frio que me desampara.
Não me lembro da última vez que tive coragem de abrir a porta do frigorífico.
Mesmo aquela do folheto, que nunca se indignou, com a falta de uma qualquer condição.
Miro sem cobiça matrículas de automóveis, na eventualidade de achar uma capicua com as iniciais da minha sorte.
Até isso é uma falha habitual.
Sentado na lona dos desejos chorados, aqui na travessa, onde costumavam dizer o meu nome, olho indiferente para aqueles que vasculham a minha identidade, agora transformada num despejo de esqueletos.
Pensavam que nada prestava.
Mas, é assim, que sempre agem os abutres.
 
2018Set_aNTÓNIODEmIRANDA
 
 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

CAMINHO DIFÍCIL .4 de Setembro de 1969 / 09,00h - 14 anos & 6 meses. Guardei o sonho para mais tarde. Mas, nunca desisti de o realizar.

CAMINHO DIFÍCIL

Eu venho do caminho difícil
Nada do que quis | Me foi dado
Trabalhei os dias | A maior parte dos quais
Naquilo que nunca gostei
Bebi a cor | E o sabor do pecado
Foi uma vergonha viver a vida | Do modo errado
Por mera conveniência
Disseram que não queria estudar
Ninguém me perguntou | A quem entregava eu
O ordenado.
Vivi assim | Meio feliz | Inteiro revoltado
Mas nunca admiti | Ser este o meu fado.
Aqueles de quem eu gosto | Sabem esta verdade
Os outros, os imbecis | Mancharam a minha realidade.
Não sinto a falta
De alguém que nem a ausência faz lembrar.
O mundo não tem paredes !
& muito menos cretinos | Imaginando-se parte dele.
Triste não serei nunca eu.


2014.aNTÓNIODEmIRANDA