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quarta-feira, 1 de março de 2017

SINA

Enjoava o sonho com tabefes amistosos
num torpor de pijama a roncar numa almofada confidente.
Ressonava a vontade num breve cálice de porto
como se o acordar das manhãs que não queria vestir, fossem só palavras mesmo mentidas no encontro daquela cor que sempre lhe faltava naquela sina de sabor ausente.
Apertava os pulsos na costumeira oração e no banho turco beijava a toalha com toda a esperança.
Deitada, adormecia a nudez beijando o sabor da sua sombra.
Nada disto foi escrito na sua autópsia.
 
 
,2017fevaNTÓNIODEmIRANDA
 

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