Tropeços roucos roçavam o chão partido pelo cansaço.
Suor tonto disfarçado com a última vontade.
Dançaram até o cavalo acabar.
Fugiram para os céus envoltos numa enigmática cortina de fogo.
Qualquer violência era aceitável mesmo que prolongasse o latejar dos corpos obedientes à exaustão.
Era o baile das danças ocultas com cocktails
que explodiam a cada passo.
Enleados numa teia traiçoeira bebiam avidamente todas as gotas do futuro perdido.
Os pés pintavam de sangue a arena enlameada.
E havia noites suplicando para que este dia nunca tivesse acontecido.
Dançaram até o cavalo acabar.
,2017,mar_.aNTÓNIODEmIRANDA
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