suporta com fidelidade transparente
memórias que não quero transportar.
É fina e leve esta mala que carrego,
embora nela possam achar adereços
que não sei ler.
Visito as artérias da minha precaridade,
evitando as horas de ponta.
Escorrego algumas inquietudes
no parque infantil onde baloiço vontades ausentes
que entulham o meu tempo.
E sei pelo voar dos pássaros
que está a chegar a hora de encontrar a chave.
A porta espera-me para um balancete não comercial.
Tentarei rasurar estes números
com algo que nunca me abandone.
Mesmo em formato digital
,2017,mar_.aNTÓNIODEmIRANDA
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