Eu e o poeta.
Debaixo daquela árvore que nos abrigava dos curiosos,
liamos naquele encontro todos os livros
e fumávamos imagens como se fossem só nossas.
O tempo amainava enquanto soletrávamos capas de Lp`s.
Era assim que abraçávamos a nossa música.
O regresso ao outro mundo,
entrar em casa nem sempre era pacífico
e doía tanto como a traição.
Dormia à pressa,
não tinha tempo a perder.
E esperava confiante a chegada do poeta.
Depois apareciam as nuvens que nos ofereciam
poemas para colorir.
Era um céu sagrado que sempre
nos dava a mão.
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