Não me ouves quando te chamo?
Quero amar-te perigosamente,
mas não sei como fazê-lo.
Dizes que gostas de mim,
mas isso não passa de uma mentira
gravada na minha cama.
O nosso adeus é uma causa
sempre repetida, e os abraços
que choramos, têm o sabor
da pele fria, embrulhada
nos lençóis do amor que passou ao lado.
Hipotecamos o toque
na indecisão dos dedos,
e isso é um prenúncio
do prognóstico reservado.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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