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domingo, 11 de março de 2018

MICHELIN

Falava do tempo em que as andorinhas andavam de trotinete, dos cigarros sem fumo a vapor, do atum com sabor a mar, e das ervas que serviam para fumar. Está cada vez mais desgostoso, com esta atrapalhação para decifrar. Bifanas com palavras esquisitas, e esta espalhafatosa variedade, dos não sei quê confitados, dos carapaus fritos enfeitados, e do escabeche abandonado, o arroz de feijão desamparado, a soluçar por uns bolinhos de bacalhau, dignos da sua companhia. Não faz intenção de provar, uma vez que seja, isso do michelin.
As estrelas devem continuar no céu.
A salada de polvo avinagrada, o arroz de cabidela, a isca com ela, o caldo verde abençoado, o arroz doce com canela, só poderão ser saboreados num prato livre de todas as impurezas, mesmo que elaboradas pelo melhor dos mecânicos.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA

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