Não há amantes nesta noite.
Um serial killer retirou da tomada
a ficha das aparições,
e um código
alérgico às boas maneiras,
percorre angustiado os corredores
das desilusões amorosas.
Espera o acordar do sonho,
enquanto mantém nas mãos
um sofisticado abridor de cápsulas
dos paraísos artificiais.
Segreda aos ouvidos da amante ausente, liturgias simpáticas,
escritas num latim arrependido.
Esta noite não tem amantes.
Será esta a mais triste das glórias.
Referendado num sufrágio mentiroso,
debita passos ao redor de lado nenhum.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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