Tenho a miséria mais rica
empobrecida na tua fotografia.
Cromo de colecção,
álbum sem recortes,
memórias ansiosas,
e olhares que só querem
fugir da tela.
As estrelas abandonadas,
cantam uma dança sem céus.
Adoro a nudez que me oferecem,
eu, um crente,
talvez aparentemente inadaptado
para a solução da sua presença.
Não pretendo outros relógios,
até porque não acredito,
na exactidão das suas mentiras.
A solidão tem momentos
que ainda me fazem falta.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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