Os sonhos que adormecem nas esteiras, acordam surpreendidos com o alvoroço dos serviços de notícias matinais. Vomitam o enjoo na sanita mais próxima, escrevem à pressa qualquer coisa sem nexo no papel higiénico e lavam a genitalidade num morno banho salubre, isento de qualquer taxa correlativa. Vestem-se com uma penumbra não obsoleta, cortejam o sorriso da cordialidade, e disfarçados de croissants mal paridos, escondem no fiambre hábitos apodrecidos. Na hora da verdade, que a eles nunca assiste, engraxam olhares fumados, embrulhados com etiqueta gourmet. Despertam o trejeito emplumado, deslizando na velha calçada farta deste andar. Alugam o olhar sem eira nem beira, haja alguém que queira e mais outro para o achar. Encostam-se a estátuas alisando as tatuagens, dão brilho ao inox e fingem a pose da melancolia.
Self-i-e - se quem puder!
Há que ficar bem na tótógrafia.
Self-i-e - se quem puder!
Há que ficar bem na tótógrafia.
2017set_aNTÓNIODEmIRANDA
Vila Chã
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