Enrodilhado nessa redoma de algodão naufragado,
com que o absurdo te decora a pele.
O que é feito de ti?
Beijos de todas as carências,
que nem sequer escondem
a mágoa desta lonjura.
Não és mais do que um brinquedo de lata,
escondido na banca da feira.
És o distante que sempre foge,
um passar atropelado pela pressa
que te afasta de tudo.
Essa bengala enxertada em sombras vazias, que amparam a angústia do dia que não vês nascer, é um prego que enferruja o teu desejo.
És um equívoco bem intencionado,
um amante sem arte direccionada
para os artifícios que sempre te magoam.
O que é feito de ti?
Aparição vaporizada,
cozinhada numa refeição
sempre triste.
Essa bengala enxertada em sombras vazias, que amparam a angústia do dia que não vês nascer, é um prego que enferruja o teu desejo.
És um equívoco bem intencionado,
um amante sem arte direccionada
para os artifícios que sempre te magoam.
O que é feito de ti?
Aparição vaporizada,
cozinhada numa refeição
sempre triste.
2017set_aNTÓNIODEmIRANDA
Vila Chã
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