Há coisas para resolver.
Não apresso o tempo, não dou corda aos dias,
talvez num sábado à tarde renove a razão.
E a razão, muitas vezes, é coisa de momento.
Aqueço a garganta no fogo-de-santelmo
e unto as mãos com a cinza
que marca o outono desprezível.
Ilustro o telejornal
só com notícias da minha sabedoria,
e,
no nevoeiro que ilumina as botas,
escrevo botões que não sei coser.
Não procuro explicações
para aquilo que não pretendo conhecer.
Há muito tempo que não uso esse relógio.
2017set_aNTÓNIODEmIRANDA
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