nada sei do seu segredo,
nem dos sonhos azougados
que prometem.
Gosto dos quadros que me desafiam,
daquilo que sempre me confia
o diferente.
E assim consolo os calos
que vão enfeitando
o correr do tempo.
Acordo nada surpreendido,
mudo de pele como se fosse gente,
e sossego o olhar
com lentas despedidas,
sempre fora do lugar
que cada vez mais me aparta.
2017set_aNTÓNIODEmIRANDA
Vila Chã
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