Entontecia os teus passos fingidos,
espalhando lágrimas na mágoa,
para iluminar a tua chegada,
como se tu acontecesses
neste estio só molhado
pelo teu olhar.
Voltava para o mentiroso caminho,
que sempre me empurrava
para o vento da tua ausência.
Mirava a lua,
com todos os quartos da desilusão.
Eu.
E o que de mim
já não era,
acariciado pelo lamber do meu cão,
que tanto farejou a tua espera.
Esperar é um verbo
com tempos mentirosos.
2017set_aNTÓNIODEmIRANDA
Vila Chã
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