O baile de nêsperas criteriosamente preparado, tal como a salada de sexo prometida, jazem na faena dos palhaços articulados. Um “pas de deux” subtilmente instável ergue as lágrimas para a fatídica previdência implorando a eutanásia do arrependimento. O que fazer nesta obsessão embrulhada na mistura perfeita? Fugir com o que resta da identidade lavrada na apodrecida certidão à procura de um qualquer abrigo fora do mundo? Ou navegar num porta-abraços deitado ao fundo na batalha naval celebrando os momentos que nunca irei entregar? Estar perto do que quero terá de ser sempre uma lonjura? Cansado do falso consolo do destino, o triste voo cravado nos passos da areia, tenta roubar o tempo do engano do relógio.
Quando quererás parar?
O desespero do derradeiro sopro não admitirá qualquer ausência, e no tristonho adormecer acabará abraçado por um ocasional “riff” do Keith Richards.
O Ron Wood já me mostrou a tela.
Pediu segredo.
Nada mais adiantarei.
Nunca será pacífica a urgência
[entregue pelo tempo]
deste modo de gostar.
,2024Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
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