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domingo, 4 de agosto de 2024

LÂMINAS DO CONFORTO

 


Uma brisa pergunta porque não fujo daquilo que sou.

Sabes? 

Embebedo-me no tempo das ausências.

Sinto-me tão pacificamente contrário 
nesta balada dos sinos dourados 
que vagarosamente apaziguam a paixão 
não devolvida.

Tantas vezes pintei a ferro e fogo o desejo 
espalhei sonhos reclamando uma qualquer atenção 
apaguei o jogo desastrado mas as notícias do amor nunca passaram de um sangue desalmado cortado com as lâminas do conforto.




,2023Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com



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