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sábado, 3 de agosto de 2024

10 P`RÀS 5

 


Dez p´ràs cinco.
Estou atrasada.
Nunca mais aparece o autocarro.
E o escritório à espera da limpeza.
A vida não me dá B.Leza,
e a cachupa requentada, 
não tem o sabor que deixei na panela.
E o meu suor incomoda o passageiro
que se masturba com o Iphone.
Não tenho dinheiro
para falar com a saudade da terra 
que sempre, com todo o respeito,
pisei.
Disseram-me que este é o país
do mar salgado,
mas eu só tenho na alma,
as cores da sua angústia.
Morro no oceano das suas lágrimas, 
escondidas no caixão 
onde todas as noites me deito.
Amo-te mundo sem pátrias!
Não sei sonhar!
É um verbo que sempre
me enganou.





2018Ago_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com


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