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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

VEM DEVAGAR

Vem devagar.
Mesmo ainda que não te canses, de me roubar o tempo com que me ofereces um presente com menos amigos.
Senta-te na mesa do lado, onde descansam as presenças ausentes que servem risadas entrelaçadas nos copos vazios.
Não ilustres esta tristeza como se fosse uma morte anunciada, que o teu discurso fétido teima em justificar.
Vem jogar este xadrez de anões, como se fosse uma partida de cabra-cega, em que o lenço que acenas, é um risco furado.
Sei quase tudo sobre o tropeço que me propões, mas não me deixo levar, por essa simpatia de veludo, que tinge o chão com sépias, que não deviam ser pertença só tua.
Vem devagar.
Mesmo assim,
continuarei surpreendido.



,2017nov_aNTÓNIODEmIRANDA

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