Embrulhar
-
te...
num cachet de 50 cêntimos,
depositar
-
te
num recibo sem importância
e tecer no pin do código de acesso,
impressões digitalizadas
da ternura roubada
numa black friday.
Mudar de voltas
e tentar abafar num cachecol
a mínima fragância
que nos deixou.
Alinhavar a mais pequena hipótese
e esperar,
se houver vagar,
a esperança que sabemos,
não irá anoitecer.
Andar no tentar das outras rotas,
soletrar um sorriso,
mesmo fingido, como os botões
que apertam os sobretudos
desta solidão.
,2017dez_aNTÓNIODEmIRANDA
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