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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

LÁPIDE LISONJEADA

Nikita usava uma sombra azul que encobria a ousadia do andar.
Tentava de vez em quando um sorriso peculiar, só para disfarçar o enfado daqueles que a miravam.
Cansada do desejo sem jeito, embarcou no foguetão, pensando que iria alcançar outro lugar.
Nikita, na pele de espia do frio agreste, acendeu a lareira, e nela sossegou o catarro.
Tentou mudar de sexo, mas a opção não correu nada bem.
Nikita escreve agora poemas, numa lápide lisonjeada, onde cães amestrados hesitam alçar as patas.


,2017nov_aNTÓNIODEmIRANDA

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