Tenho os lábios impressos na vidraça que esfrega
a trapaça deste vazio dos sons de bolor vacilante.
Arrumo os braços no compasso destas paredes
pintadas com a chuva que enlaça
os passos da deriva deste caminho.
Letra a letra escrevo um inventário com espaços
sempre vermelhos que aquecem o meu suor.
É triste esta batida numa cadência desencontrada
da urgência que me assola.
Sou um assaltante
da tranquilidade
que me arrasta
para o sonho
cada vez mais
distante
,2017jan_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário