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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

AMOLADOR

Mas do que eu gosto mesmo é do realejo do galego amolador
que ao meu passar pergunta na sua gaita:
então não tem nada para afiar?
Tenho vergonha de lhe dizer,
que poderia começar pela minha vida.
Damos 2 dedos de conversa e sempre prometemos
que está para breve a hipótese de mastigar
a empanada de bacalhau
e saborear o tal xarro de tinto.
Os melros do jardim fazem uma breve pausa na sua azáfama,
para assim ouvirem melhor a sua música.
Sentado na velha companheira,
penteia no esmeril uma tesoura,
cortando assim saudades da sua
Galiza.

,2017jan_aNTÓNIODEmIRANDA

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