numa difteria centrifugada
no tempo agora vivido,
cozinhado numa panóplia
que encurta a vida escrita
num pano-cru.
Velhos murmúrios
do metrómano ferrugento,
vagaroso e cansado
que me conforta com petits fours
tão fora de moda.
Paro no sinal vermelho,
abraçado ao stop amarelecido
pelo andar nebuloso
deste passar enlouquecido.
Aqueço a paciência
na garagem do frio
de quase todos os santos
e nesta fogueira de inverdades
assino de cruz
qualquer hipótese não consensual.
Inclino-me com todo o respeito
para o sentido proibido
obedecendo cegamente
a esta regra com ideias
em contramão.
Alguém ri do modo mais estranho,
enquanto a minha falta de interesse
é metida na reciclagem sem futuro.
Tenho uma bola de algodão doce
que me ergue as mãos
que com toda a vergonha,
sopram uma oração que não me pertence.
No paraíso dos distraídos,
ouço vozes tão distantes
como o fim em que me perco.
Velhas sintonias desenfreadas,
tentam mais uma vez simular
que o que é real também acontece.
E na novena Hip-Hop,
há quem estale os dedos
só para apagar velas com leds em 2ª mão.
Neste redil autenticado,
a contagem é automática,
e quem chega fora do prazo,
não é de confiar.
Apesar de tudo, publicita-se
que nuvens constipadas
irão sulfatar certas zonas
com prazeres livres de alguns pecados.
Estejam atentos!
Basta ligar para aquele
que nunca quis saber de vocês.
,2017mai,aNTÓNIODEmIRANDA
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