Está calmo este desassossego,
neste sobe e desce do pensamento,
que numa sofreguidão incontida,
cose com linhas podres,
este tardio contentamento.
Está cheia esta paragem sem aconchego
para os restos que agora descansam.
Leio no anúncio,
qualquer coisa fora de mim,
e num olhar arrastado,
conduzo sorrisos não sei de quê.
Está difícil este céu
com peso demasiado
para a fragilidade que me danifica.
Não tenho jeito para colorir celebrações,
nem empatias erradamente diagnosticadas.
Irei certamente repousar
no olvido das memórias falidas,
encurtar o pavio com todo o cuidado,
e esperar sem crer,
uma aparição
minimamente digna desse nome.
Está calmo este enredo...
,2017,mai_.aNTÓNIODEmIRANDA
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