Cada
minuto em que me invento,
pinto
neste rodapé
asas
do vento
e
deslizo
sempre
perto de mim.
Do
navio perdi a âncora,
num
qualquer coral de desânimo
onde
não quero chorar
horas
perdidas.
Solitário
no desejo entontecido,
escrevo
nas cordas desta harpa
manhãs
de bruma
com
caminhos sem volta.
Serei
agora aquele,
que
com a espada dos raios falhados,
acorda
sempre antes do sonho.
Agarro
sempre que posso
esta
barca perdida,
e
escrevo cântaros
cheios
de versos amargos.
Cada
minuto em que me escondo de mim,
dou
luz ao farol,
abano
um qualquer sos
sem
sentido, ou rumo algum.
E
estendido neste lençol
defraudado
no oceano das angústias,
espero
no desespero que não percebo,
uma
rota diferente
e
sobretudo com outros nós.
Em
cada minuto em que me invento,
pinto
neste rodapé
asas
do vento
em
que me escondo
sempre
antes de mim.
,2017mai,aNTÓNIODEmIRANDA
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