Tantos
anos a pontuar reticências,
pôr
as vírgulas nas prateleiras certas,
estruturar
a limpeza do pó do tédio,
programar
a vida
como
se não fosse um mar de colagens
e
adormecer tardiamente
com
o grafismo de capa de revista.
Ama-me
pela manhã
Mata-me
só um pouco para este dia
porque
eu só quero gostar de ti
até
a minha tristeza se enevoar
Mata-me
devagar
Ama-me
como se fosse fácil
porque
eu só quero o encosto
que
não me magoe.
,2016,04aNTÓNIODEmIRANDA
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