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sexta-feira, 27 de maio de 2016

A ÚNICA CORAGEM

Todos lhe diziam que era uma boa rapariga.
Em frente do espelho
enquanto acomodava o silicone
ajustava a contracção penial
e rapava os pelos das pernas
mesmo rindo de gozo
nunca se esqueceu de agradecer
àqueles que julgavam conhece-lo.
No artefacto que o consolava
e na penetração desejada
chorava gemia gritava
e dizia:
nunca nos vamos separar.
Só a ti eu me dou
só tu me compreendes.
Não tenhas ciúmes
daqueles que às vezes falham.
Guardava este amor
porque era a sua única coragem.



,2016,05.aNTÓNIODEmIRANDA



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