Encostou
a maré ao ouvido
e
beijou o búzio que religiosamente guardava.
Bebeu
o champanhe do mar
entrando
nas ondas com toda a paixão.
Lembrou-se
do horizonte
às
vezes tão longe
dos
sossegos que o amparavam.
Poisou
a lágrima sagrada na flute
despedindo-se
assim dos raios dourados
do
dia que já não lhe pertencia.
E
abraçou o nevoeiro
como
se fosse a última angústia.
Olhou
para o céu.
Aprontou
a mira.
Calibrou
o desejo.
Desta
vez,
sabia
que não iria falhar.
,2016,05.aNTÓNIODEmIRANDA
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