Sem pressa, enrolo-me na viagem desta pedra. Peço para sentar-se na minha cabeça e aconchegar palavras que querem fugir dos desgostos da memória. Navegar no prometedor entardecer, comer luas com colheres de prata, e, celebrar cortesmente a noite especial. Enterro beijos no fim do fundo, enrodilho uma corda ácida na vagina da angústia, até naufragar a normalidade, no copo da derradeira esperança.
Admirar o silêncio.
Aplaudir com luvas de cerimónia, a escorregadela triunfante na passadeira do triunfo dos porcos.
Que deus me assoe!
(Eu moro em Mitraflores).
Admito não ser digno de tanta compaixão.
Sou um mero executante, do êxtase mirabolante, desta miopia cada vez mais enfadonha. Sensível ao tacto, atrevido no acto, assíduo enjoado e maldizente das Black Fridays. Nasci assim, feito numa ementa limitada. Naquele tempo as virgens não usavam cuecas, e as putas, depois de foderem os apóstolos, enfeitavam altares nas horas de folga. Os sacristãos eram pagos a tempo e horas, perante a inveja do corcunda de Notre-Dame, que, peremptoriamente afirmava que a sua, tinha mais 2,5 cm do que o dedo indicador do Nelson Ned.
Vejam bem o desplante deste artista!
Ainda o grande Pedro Álvares Cabral, frequentava as primeiras aulas de surf na piscina do Sport Algés e Dafundo. O que uma mentira pode fazer! Estou é mesmo preocupado com os peixes do aquário Vasco da Gama!
Dizem-me que ele morreu arrependido depois da cagada do Oeiras Valley ! É possível que sim. Mas, o Isaltado de Oeiras, quando esteve no estágio da Carregueira, não teve tempo para estudar o assunto?
,2019nov22_aNTÓNIODEmIRANDA
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