na cidade dos exílios.
Visto as cicatrizes
do penoso arrastar do passado.
Mandem-me um anjo rebelde
que acenda a luz da solidão.
Uma última brisa,
um verso rastejante,
mesmo uma lâmina na palma da mão.
Fugir sem rasto,
para abraçar a noite que falta,
à espreita nas ruas que não conheço.
Ofereçam-me um ramo de raízes obscenas,
Uma bandeira sem a cor da pele,
um sorriso nunca esquisito,
um ouvido interessado,
pois, há longo tempo,
que nem comigo converso.
A minha cabeça já não funciona.
(Dizem que tenho a mentalidade
de um cogumelo fora de prazo).
Neste caso, convém não agitar.
Bem-vindos à cosmética dos orgasmos.
,2019nov,10_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário