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sábado, 30 de novembro de 2019

CRUZ

Tivemos os sonhos errados.
Os culpados foram os avisos 
que não lemos.
Esperei por ti na encruzilhada,
apertando a mão
daquele que enganou o perdão.
Tentamos secar o pranto que nos afastou,
amaldiçoando o caminho do diabo,
como se ele fosse o culpado
da nossa distracção.
Eu sem ti, continuo, 
mesmo quando matreiramente foges, 
para abraços que te animam.
Haverá alguma cruz
que carregue as nossas dúvidas?
Procuremos algo de bom,
que corte sem ferir, 
esta mania de gostar,
alheia à pretensa bondade dos imbecis.
Para então dizer:
nada fizemos em vão.



,2019nov22_aNTÓNIODEmIRANDA

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