Estás à espera do quê, pá?
Do dia mundial do aleijado estupidamente mental? Resolve-te!
Começa por ti, no aniquilar das palmas que te assassinam. Levanta-te contra os medos que tornam medonhos, os sonhos que desabam aquilo que mereces ter. Até ao osso! Expõem-te em ganchos de talho, vendem-te em estado seminovo, enquanto emporcam a miséria que dizem seres. Levam-te ao baile das baratas curiosas, elevam-te à raiz do menos zero, e numa amostra gastronómica azeda, salgam as costelas que te quebraram, mais tarde oferecidas como entrada, no repasto que sobrou de ti.
Estás à espera do quê, pá?
Desata o nó, fode-os sem dó, explode-os com toda a vontade que a tua pressa dirige.
Vai! Faz o teu tempo, não esperes a hora do não acontecer.
Ai como eu gosto dos poemas que esfaqueiam esse nojo! Adoro o patíbulo das palavras bonitas, adornadas em frases de merda. Amo as ausências não concebidas no pecado mentiroso, aquecidas numa solução patética, e não saboreio o presunto da presunção, estupidamente distribuído nos abraços que me ofendem. Sou um servente principiante nesta ideia de construção das palavras.
Nada invento neste constante desejo, companheiro de todos os inícios.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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