Devia amar-se de outra maneira.
Sem mania, dor, canseira, nem perspectivas absurdas.
Sem pó, mesmo sem piedade.
Devia amar-se só o amor. Sem preço certo, para que não tenha pressa de fugir.
Devia amar-se , mesmo que o amor não chegasse,
e esperar só o beijo, mesmo que ele tardasse, numa paragem de autocarro, com o horário habitual do atrasado mental.
Devia amar-se sem necessidade
e espalhar nas pétalas do guarda-chuva, outra meteorologia.
Devia amar-se num verbo só com o presente não ocupado.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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