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sábado, 28 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
terça-feira, 24 de abril de 2018
Do blog do Miguel Martins
Amigos, á formosura...
Que nos cerca neste instante,
Erga-se a taça escumante
De purpurino licor.
Vivo enthusiasmo rebente
Agora de nossas almas,
Caiam palmas sobre palmas
Cada vez com mais ardor!
Aqui floresce na horta
A viçosa laranjeira,
Corre o Champanhe e o Madeira
Que offertara nivea mão,
Aqui não chegam as garras
De tanta velha leôa
Que esfaimada por Lisboa
Se atira a tanto leão.
Aqui livre em nosso peitos
Pula impaciente alegria,
Porque ao sol de um bello dia
Tudo vemos reflorir!
Que importa pois que os ministros
Resonem no parlamento,
E que os homens de São Bento
Nem sequer nos façam rir?
Para nós sorri-se o mundo,
Para nós a vida é esta,
Hoje festa, amanhã festa,
Gloria, encantos, illusões!
Junto a nós temos as bellas
Mais fragrantes do que as rosas,
Longe... o mundo das preciosas,
E o mundo dos papellões!
Eia pois! á formosura
Que me cerca neste instante
Erga-se a taça escumante
De purpurino licor.
Vivo enthusiasmo rebente
Agora de nossas almas,
Caiam palmas sobre palmas
Cada vez com mais ardor!
Bulhão Pato
Que nos cerca neste instante,
Erga-se a taça escumante
De purpurino licor.
Vivo enthusiasmo rebente
Agora de nossas almas,
Caiam palmas sobre palmas
Cada vez com mais ardor!
Aqui floresce na horta
A viçosa laranjeira,
Corre o Champanhe e o Madeira
Que offertara nivea mão,
Aqui não chegam as garras
De tanta velha leôa
Que esfaimada por Lisboa
Se atira a tanto leão.
Aqui livre em nosso peitos
Pula impaciente alegria,
Porque ao sol de um bello dia
Tudo vemos reflorir!
Que importa pois que os ministros
Resonem no parlamento,
E que os homens de São Bento
Nem sequer nos façam rir?
Para nós sorri-se o mundo,
Para nós a vida é esta,
Hoje festa, amanhã festa,
Gloria, encantos, illusões!
Junto a nós temos as bellas
Mais fragrantes do que as rosas,
Longe... o mundo das preciosas,
E o mundo dos papellões!
Eia pois! á formosura
Que me cerca neste instante
Erga-se a taça escumante
De purpurino licor.
Vivo enthusiasmo rebente
Agora de nossas almas,
Caiam palmas sobre palmas
Cada vez com mais ardor!
Bulhão Pato
sábado, 21 de abril de 2018
O POETA NUNCA DIZ QUE É POETA (com os melhores cumprimentos para o Senhor Ferlinghetti)
Num contexto fácil e descontraído, preocupa-se com factualidades terríveis, como a queda da aranha na maionese, que ostensivamente machucou o néon dos seios daquela musa, surpreendida pelo ondular achocolatado das pregas da sua dança.
Um lenço acena uma seda triste.
O poeta que nunca diz que é poeta, afoga com estima, molduras ressequidas, e num laço afectuoso, envolve as sombras da poesia. Depois, senta-se lavando lágrimas no alguidar dos poemas que ninguém leu. Amparado na bengala da solidão, acende candeeiros abandonados pelo céu das estrelas fraudulentas. Desobedece confortavelmente às intenções maliciosas do bem-estar oferecido. Conspurca sempre a higienização social, e asfixia no mictório da normalidade, a pronúncia dos patetas que dizem ser poetas. O poeta não perde tempo com zunidos, não gosta que lhe entupam os sonhos. Fala com os amigos que também não se dizem poetas, e desfiam artifícios como sobremesa.
Na conversa dos poetas, aqueles que dizem não serem poetas, gravam-se sorrisos num grafiti engraçado, para mais logo emprestar.
O poeta nunca acaba o poema. Tem na folha outra invenção. E cavalga a onda do seu consentimento, só para aparar limalhas que choram no seu peito. Sustenta a tristeza que corre nas veias, lambe as feridas, e diz o único adeus com sabor a despedida.
O poeta que nunca diz que é poeta, entorna o olhar na memória lenta dos poemas que o abandonam. E tatua cicatrizes na marcha da ignorância, só para lembrar, que como sempre, morrerá só.
Os que se acham poetas, não passam de alucinações doentias!
&, Como os poetas que dizem não serem poetas sabem, isso é uma estupidez sem cura possível.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
Um lenço acena uma seda triste.
O poeta que nunca diz que é poeta, afoga com estima, molduras ressequidas, e num laço afectuoso, envolve as sombras da poesia. Depois, senta-se lavando lágrimas no alguidar dos poemas que ninguém leu. Amparado na bengala da solidão, acende candeeiros abandonados pelo céu das estrelas fraudulentas. Desobedece confortavelmente às intenções maliciosas do bem-estar oferecido. Conspurca sempre a higienização social, e asfixia no mictório da normalidade, a pronúncia dos patetas que dizem ser poetas. O poeta não perde tempo com zunidos, não gosta que lhe entupam os sonhos. Fala com os amigos que também não se dizem poetas, e desfiam artifícios como sobremesa.
Na conversa dos poetas, aqueles que dizem não serem poetas, gravam-se sorrisos num grafiti engraçado, para mais logo emprestar.
O poeta nunca acaba o poema. Tem na folha outra invenção. E cavalga a onda do seu consentimento, só para aparar limalhas que choram no seu peito. Sustenta a tristeza que corre nas veias, lambe as feridas, e diz o único adeus com sabor a despedida.
O poeta que nunca diz que é poeta, entorna o olhar na memória lenta dos poemas que o abandonam. E tatua cicatrizes na marcha da ignorância, só para lembrar, que como sempre, morrerá só.
Os que se acham poetas, não passam de alucinações doentias!
&, Como os poetas que dizem não serem poetas sabem, isso é uma estupidez sem cura possível.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
CAUTELA NÃO PREMIADA
Penhorou o amor no cabide das novas oportunidades. Os requisitos funcionais não apareceram, e o diploma que lhe entregaram, funcionava ao contrário. Dirigiu-se ao guichet do esclarecimento inútil, mas a anomalia continuava avariada. Mesmo assim, recebeu os costumeiros parabéns daqueles que sempre o invejaram. Fugiu para a cama mais próxima, e ignorou a almofada, que afiançavam, era boa conselheira. Pensou no futuro que cada vez mais lhe fugia, retocou o sono, amaciou a vontade, mas o negro continuava a escrever o seu destino.
A vida com dias assim, brevemente irá acabar.
Vestiu o caixão com o pijama dos sonhos mais lindos, e esperou o entontecer do dia da última possibilidade.
Uma cautela não premiada, continuou a adiar a sua partida.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
A vida com dias assim, brevemente irá acabar.
Vestiu o caixão com o pijama dos sonhos mais lindos, e esperou o entontecer do dia da última possibilidade.
Uma cautela não premiada, continuou a adiar a sua partida.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
DEIXEI-ME DE CERTAS MENTIRAS
Não tenho que me justificar.
Deixei-me
de certas mentiras.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
Deixei-me
de certas mentiras.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
CLOSE UP ( um tal crucificado)
Falhaste todos os encontros, pá!
& há gajos que teimosamente continuam à espera, e, para saldar essa angústia, colaram no vazio das suas almas, posters da tua promessa, com tons de artista de cinema.
Não fiques preocupado!
Não estou vocacionado para pintar o teu lugar.
Tanta festa em tua memória, tantas chagas para celebrar o teu sofrimento, tantos cânticos para encher o teu sepulcro, e demasiado sangue sempre em nome da tua inocência.
Por vezes, vejo-te em filmes, mas, esta é uma ficção sem diálogo possível.
Estamos em prateleiras diferentes.
De qualquer forma,
agradeço-te o menosprezo com que sou reconhecido.
& há gajos que teimosamente continuam à espera, e, para saldar essa angústia, colaram no vazio das suas almas, posters da tua promessa, com tons de artista de cinema.
Não fiques preocupado!
Não estou vocacionado para pintar o teu lugar.
Tanta festa em tua memória, tantas chagas para celebrar o teu sofrimento, tantos cânticos para encher o teu sepulcro, e demasiado sangue sempre em nome da tua inocência.
Por vezes, vejo-te em filmes, mas, esta é uma ficção sem diálogo possível.
Estamos em prateleiras diferentes.
De qualquer forma,
agradeço-te o menosprezo com que sou reconhecido.
A MALA
Letra a letra, memorizo nesta velha folha, tão amarelecida como os passos que me cansam, sensações pintadas num cenário cúmplice, com sugestões para um envelhecimento pretensamente feliz. Continuo a lembrar-me de coisas tão idas, como o simples esticar do dedo, na esperança de uma boleia, que só acontecia para não desmoralizar a minha expectativa. Lembro-me de caminhadas feitas debaixo de candeeiros já a dormir, naquelas estradas onde os mochos entregavam sonhos ao domicílio. Piar amigo, que nunca se enganava na árvore onde me encostava, para escrever cartas a um céu desconhecido. Sozinho no meu medo habitual, na fome que fingia não ter, no sono que me apetecia, e na imaginação da minha cama, que tanta falta então me fazia. Há uma hora, em que a noite pinta de frio, o mais bonito dos sonhos. E eu desenhava poemas, para encher a velha mala de couro, fiel companheira de todas as minhas viagens. Trocávamos abraços de cumplicidade, e nem sequer eram necessárias palavras para celebrar o nosso contentamento. Confortávamos a nossa presença com sorrisos de amizade autêntica. Liamos um para o outro, páginas do “on the road”, poemas do Ginsberg, Ferllingethi, e cumprimentávamos as estrelas que nos contavam histórias escritas pelos anjos da desolação. Dormi o descanso do meu contentamento, muitas e muitas vezes, nos comboios. Fazia a barba em frente do espelho do wc de uma qualquer carruagem, e nunca deixei de ser feliz.
Nada de mim ficou por fazer.
Nem sequer uma vírgula fora do lugar.
Vivo agora na plenitude daquilo que fiz por merecer.
Nada de mim ficou por fazer.
Nem sequer uma vírgula fora do lugar.
Vivo agora na plenitude daquilo que fiz por merecer.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
domingo, 15 de abril de 2018
sábado, 14 de abril de 2018
MILOS FORMAN_14.04.2018
Poema para
WILL SAMPSON O ÍNDIO-CHEFE BROMDEN #VOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS#
Olhos rasos contemplam a magnitude....
Ovos com óculos na testa
Agradecem estrelando salmos de gratidão
Com gemas de incenso.
Lá fora
No lugar que não existe
E no tempo combinado
Um canto gregoriano
Com o hábito da semente proibida
Mostra notícias
Das horas não acontecidas.
Meticulosamente arrumam-se gavetas
Antes que o pó as revolte.
Sei quase tudo
Do meu nada imenso.
E isso só me serve
Para saudar
Delícias turcas
Que sem o meu sentido
Voam sobre um ninho de cucos.
,2016,05.aNTÓNIODEmIRANDA
domingo, 8 de abril de 2018
Pelas ruas de Lisboa
Já foi uma padaria. (Já foi uma padaria. (Ao lado da Cossoul _Av. D. Carlos) |
Rua do Vale |
Rua D. João V |
Madre Teresa de Saldanha _ Rua Gomes Freire |
Rua Gomes Freire. |
O CARTEIRO
Varre a minha ferrugem,
tempo que me fizeste,
espalhando a notícia da minha usura.
Tenho cada vez menos nomes,
e a memória que me entregas,
é uma radiografia malcriada.
Envio relatórios de um tempo que quero retardado, envelopes com selos de batota, animosamente oferecidos por um carteiro, que mesmo não me conhecendo, continua a tocar na minha pele, na vã esperança de lhe abrir a porta. Não tenho morada certa, e, por isso as novidades, chegam sempre no momento da minha ausência.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
tempo que me fizeste,
espalhando a notícia da minha usura.
Tenho cada vez menos nomes,
e a memória que me entregas,
é uma radiografia malcriada.
Envio relatórios de um tempo que quero retardado, envelopes com selos de batota, animosamente oferecidos por um carteiro, que mesmo não me conhecendo, continua a tocar na minha pele, na vã esperança de lhe abrir a porta. Não tenho morada certa, e, por isso as novidades, chegam sempre no momento da minha ausência.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
CENÁRIOS MENTIROSOS
A vida não é um contentor.
Não se desfaz com 1 qualquer gel de barbear.
Nenhum escanhoamento, mesmo o pretensiosamente mais elaborado, disfarça as marcas que a pele exibe.
Nada se consegue na ingénua ideia da desculpa, que só serve para repetir a asneira.
Sejamos honestos, e sobretudo, verdadeiros nas escolhas que pretendemos, e não perspectivar cenários mentirosos para emoldurar.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Não se desfaz com 1 qualquer gel de barbear.
Nenhum escanhoamento, mesmo o pretensiosamente mais elaborado, disfarça as marcas que a pele exibe.
Nada se consegue na ingénua ideia da desculpa, que só serve para repetir a asneira.
Sejamos honestos, e sobretudo, verdadeiros nas escolhas que pretendemos, e não perspectivar cenários mentirosos para emoldurar.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
CAIXÃO ESGOTADO
HÁ quem gaste a vida num caixão.
.
.
.
Estranho modo de estar morto.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
.
.
.
Estranho modo de estar morto.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
ESTÁS À ESPERA DO QUÊ, PÁ?
Estás à espera do quê, pá?
Do dia mundial do aleijado estupidamente mental? Resolve-te!
Começa por ti, no aniquilar das palmas que te assassinam. Levanta-te contra os medos que tornam medonhos, os sonhos que desabam aquilo que mereces ter. Até ao osso! Expõem-te em ganchos de talho, vendem-te em estado seminovo, enquanto emporcam a miséria que dizem seres. Levam-te ao baile das baratas curiosas, elevam-te à raiz do menos zero, e numa amostra gastronómica azeda, salgam as costelas que te quebraram, mais tarde oferecidas como entrada, no repasto que sobrou de ti.
Estás à espera do quê, pá?
Desata o nó, fode-os sem dó, explode-os com toda a vontade que a tua pressa dirige.
Vai! Faz o teu tempo, não esperes a hora do não acontecer.
Ai como eu gosto dos poemas que esfaqueiam esse nojo! Adoro o patíbulo das palavras bonitas, adornadas em frases de merda. Amo as ausências não concebidas no pecado mentiroso, aquecidas numa solução patética, e não saboreio o presunto da presunção, estupidamente distribuído nos abraços que me ofendem. Sou um servente principiante nesta ideia de construção das palavras.
Nada invento neste constante desejo, companheiro de todos os inícios.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Do dia mundial do aleijado estupidamente mental? Resolve-te!
Começa por ti, no aniquilar das palmas que te assassinam. Levanta-te contra os medos que tornam medonhos, os sonhos que desabam aquilo que mereces ter. Até ao osso! Expõem-te em ganchos de talho, vendem-te em estado seminovo, enquanto emporcam a miséria que dizem seres. Levam-te ao baile das baratas curiosas, elevam-te à raiz do menos zero, e numa amostra gastronómica azeda, salgam as costelas que te quebraram, mais tarde oferecidas como entrada, no repasto que sobrou de ti.
Estás à espera do quê, pá?
Desata o nó, fode-os sem dó, explode-os com toda a vontade que a tua pressa dirige.
Vai! Faz o teu tempo, não esperes a hora do não acontecer.
Ai como eu gosto dos poemas que esfaqueiam esse nojo! Adoro o patíbulo das palavras bonitas, adornadas em frases de merda. Amo as ausências não concebidas no pecado mentiroso, aquecidas numa solução patética, e não saboreio o presunto da presunção, estupidamente distribuído nos abraços que me ofendem. Sou um servente principiante nesta ideia de construção das palavras.
Nada invento neste constante desejo, companheiro de todos os inícios.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
EM MODO TESTICULAR
Não somos nada!
Nada valemos!
Dizem um para o outro,
olhando pessimamente para aquele
pedaço inerte.
Não sei porque nos abandonou!
Exclamava o menos conformado.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Nada valemos!
Dizem um para o outro,
olhando pessimamente para aquele
pedaço inerte.
Não sei porque nos abandonou!
Exclamava o menos conformado.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
O CÉU ESTÁ MAIS POBRE
Era
linda,
aquela estrela
que pintava
a
esperança
possível.
Depois disso,
alguém que andava à solta,
e nunca foi convidado,
salpicou de injúrias,
a ilusão
que julgávamos só nossa
pertença.
A estrela deixou de aparecer,
e as horas que cantavam esta audácia,
choram agora um pranto fora de nós.
O céu está mais pobre.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
linda,
aquela estrela
que pintava
a
esperança
possível.
Depois disso,
alguém que andava à solta,
e nunca foi convidado,
salpicou de injúrias,
a ilusão
que julgávamos só nossa
pertença.
A estrela deixou de aparecer,
e as horas que cantavam esta audácia,
choram agora um pranto fora de nós.
O céu está mais pobre.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
EXMOS. SENHORES
Exmos. Senhores:
de acordo com o combinado telefonicamente, submeto à vossa estimada apreciação, o orçamento para eventual reparação dos danos por vós causados.
Agradeço considerem o carácter urgente desta situação, assim como também, apelo para a vossa habitual falta de respeito, que ao longo de todos os anos, não se coíbem de demonstrar.
de acordo com o combinado telefonicamente, submeto à vossa estimada apreciação, o orçamento para eventual reparação dos danos por vós causados.
Agradeço considerem o carácter urgente desta situação, assim como também, apelo para a vossa habitual falta de respeito, que ao longo de todos os anos, não se coíbem de demonstrar.
INFECCIOSAMENTE
Cumprimento infecciosamente aqueles que mentem quando dizem que gostam de mim. Idolatro defeituosamente a sua inabalável falta de coerência. Não esqueço, evidentemente, a falsa ideia de pensarem que alguma vez os considerei. Mas a vaga opinião é um fruto apodrecido, a presunção uma maçã doente, e, neste caso, o sorriso sem alma, só tem cabimento no cesto da ignorância. Lamento assiduamente o elogio da nefasta conveniência, lavrado na praia da babugem. Encarecidamente, o meu ego, amigo sempre presente, nas circunstâncias a mim inerentes, agradece. Conheço demasiada gente que nem sequer entra na lei do funil. São um lixo sem reciclagem possível.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
NÃO FINJAS A LOUCURA QUE GOSTARIAS DE TER
Mar de mariposas,
Serração de auroras,
Quermesse de gente louca,
Embaraço jocoso que lhe treme o gozo,
Fúria desdentada.
Não me contes mais do que as palavras necessárias,
Não ofereças a hipótese que não és,
Não mostres sorrisos que não condigam com a intenção,
Não finjas a loucura que gostarias de ter.
Qualquer imitação será sempre uma 2ª via, fotocopiada por gente como tu.
Continuo fora desse baralho.
Outros trunfos tenho guardados na minha cabeça.
&,
Só a eles presto a devida atenção.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Serração de auroras,
Quermesse de gente louca,
Embaraço jocoso que lhe treme o gozo,
Fúria desdentada.
Não me contes mais do que as palavras necessárias,
Não ofereças a hipótese que não és,
Não mostres sorrisos que não condigam com a intenção,
Não finjas a loucura que gostarias de ter.
Qualquer imitação será sempre uma 2ª via, fotocopiada por gente como tu.
Continuo fora desse baralho.
Outros trunfos tenho guardados na minha cabeça.
&,
Só a eles presto a devida atenção.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
DEVIA AMAR-SE DE OUTRA MANEIRA
Devia amar-se de outra maneira.
Sem mania, dor, canseira, nem perspectivas absurdas.
Sem pó, mesmo sem piedade.
Devia amar-se só o amor. Sem preço certo, para que não tenha pressa de fugir.
Devia amar-se , mesmo que o amor não chegasse,
e esperar só o beijo, mesmo que ele tardasse, numa paragem de autocarro, com o horário habitual do atrasado mental.
Devia amar-se sem necessidade
e espalhar nas pétalas do guarda-chuva, outra meteorologia.
Devia amar-se num verbo só com o presente não ocupado.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem mania, dor, canseira, nem perspectivas absurdas.
Sem pó, mesmo sem piedade.
Devia amar-se só o amor. Sem preço certo, para que não tenha pressa de fugir.
Devia amar-se , mesmo que o amor não chegasse,
e esperar só o beijo, mesmo que ele tardasse, numa paragem de autocarro, com o horário habitual do atrasado mental.
Devia amar-se sem necessidade
e espalhar nas pétalas do guarda-chuva, outra meteorologia.
Devia amar-se num verbo só com o presente não ocupado.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
AQUELAS TARDES DE DOMINGO
Nenhuma esperança neste estendal de ossos, regados no perfume dos malmequeres ressequidos, como se fossem memórias fora do tempo.
Fugas conseguidas, agora escondidas dos maus olhados, ornamentam sacadas só com vista para certos sepulcros.
E no passeio daquelas tardes de domingo, baloiçavam ancas esperando gemidos atrevidos.
Beijos dados no escuro do cinema, só para condizer com o écran.
As mãos guardavam as carícias até á próxima matiné.
E no passeio daquelas tardes de domingo, baloiçavam ancas esperando gemidos atrevidos.
Beijos dados no escuro do cinema, só para condizer com o écran.
As mãos guardavam as carícias até á próxima matiné.
& NÃO É CULPA MINHA BABY
I keep my eyes on you!
& não é culpa minha baby.
O teu olhar diz-me que me enfeitaste,
e tu sabes o lugar de ti,
que os meus lábios querem percorrer.
Envio beijos embrulhados em poemas que sonham sem parar, a vontade de te despir.
Tenho o desejo mais lindo para desenhar o toque que espera a tua pele.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
& não é culpa minha baby.
O teu olhar diz-me que me enfeitaste,
e tu sabes o lugar de ti,
que os meus lábios querem percorrer.
Envio beijos embrulhados em poemas que sonham sem parar, a vontade de te despir.
Tenho o desejo mais lindo para desenhar o toque que espera a tua pele.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
A VIAGEM QUE QUERO CONTINUAR
Recuso-me a pensar nesta falta de tempo com que gasto memórias encastradas no nó de um passado arrependido.
Cruzo todas as vontades num solavanco melancólico, mesmo assim, digno da viagem que quero continuar.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Cruzo todas as vontades num solavanco melancólico, mesmo assim, digno da viagem que quero continuar.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
ATÉ AMANHÃ, SE EU PUDER
Muitas vezes aquilo que aconteceu, foi um momento que nunca desejámos, e nas arestas mal limadas, a dor que nos encharca os ossos, poderá ser uma lâmina com dentes pacíficos, que nos encaminha para o sono, do amanhã que queremos não traiçoeiro. Depositámos no cofre dos sonhos possíveis, a impossibilidade de uma alternativa, minimente credível.
Boa noite, digo por vezes, às damas que se escondem no meu pijama.
Deito-me, apagando preocupações que não quero lembrar.
Até amanhã, se eu puder…
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Boa noite, digo por vezes, às damas que se escondem no meu pijama.
Deito-me, apagando preocupações que não quero lembrar.
Até amanhã, se eu puder…
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
UMA PROMESSA PARA TODA A MINHA VIDA!
1964_Travessa da Boa Hora à Ajuda_Lisboa
(estou a falar de Dolores, uma das irmãs do meu pai).
Ó rapaz!
Aqui quem tem a primazia, são as meninas!
Tinha 9 anos!
Levaram-me para Lisboa.
Até aí, tinha brincado no meio dos campos da minha terra.
Ela queria que me pusesse de burro, para as meninas montarem.
Prometi no choro da minha mãe, que nunca ninguém se poria em cima de mim.
Uma promessa para toda a minha vida!
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
(estou a falar de Dolores, uma das irmãs do meu pai).
Ó rapaz!
Aqui quem tem a primazia, são as meninas!
Tinha 9 anos!
Levaram-me para Lisboa.
Até aí, tinha brincado no meio dos campos da minha terra.
Ela queria que me pusesse de burro, para as meninas montarem.
Prometi no choro da minha mãe, que nunca ninguém se poria em cima de mim.
Uma promessa para toda a minha vida!
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
PIN-UP DAS CALDAS
Recolheu a nota de cem,
onde estava escrito:
o teu anal é divinal.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
onde estava escrito:
o teu anal é divinal.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
SENTIDOS CONTRÁRIOS
Adoro os sentidos contrários!
Mas conduzo-os todos
na minha direcção.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Mas conduzo-os todos
na minha direcção.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
Ó VIDA
Ó vida,
sempre maior do que o desejo.
Porque não paras,
neste meu restar,
de parar de repente,
o meu pensamento?
Quedo-me aninhado,
no canto de todos os medos,
que só me deixam falar,
com as aranhas fartas da minha teia.
Ó vida,
maior que o momento
escondido nestas entranhas,
sujas todos os segredos,
que pintam cores,
que só querem fugir de ti.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
sempre maior do que o desejo.
Porque não paras,
neste meu restar,
de parar de repente,
o meu pensamento?
Quedo-me aninhado,
no canto de todos os medos,
que só me deixam falar,
com as aranhas fartas da minha teia.
Ó vida,
maior que o momento
escondido nestas entranhas,
sujas todos os segredos,
que pintam cores,
que só querem fugir de ti.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
sábado, 7 de abril de 2018
PARA TI SE FALTARES
Para ti se faltares,
tenho o punhal dobrado
no mais fino bragal....
Para ti se faltares,
tenho o champanhe gelado
para ser bebido
ao longo do teu corpo.
Tenho beijos haute cuisine
banhados num tinto de colheita envelhecida.
Para ti se faltares,
tenho um filme encomendado
entregue impreterivelmente
na hora da tua chegada.
Tenho sais de saudade
lágrimas em tons de rebuçados
luvas com o toque das nossas peles
e algumas orquídeas
especialmente vindas
do expresso da última noite.
Para ti se faltares,
tenho numa jarra o tempo
que dorme nos lençóis da nossa ausência.
Tenho rosários naquele quadro
que pintamos quando nos queríamos.
Para ti se faltares
tenho dois corações
para substituírem
aqueles que já não usamos.
Para ti se faltares.
,2017fevaNTÓNIODEmIRANDA
tenho o punhal dobrado
no mais fino bragal....
Para ti se faltares,
tenho o champanhe gelado
para ser bebido
ao longo do teu corpo.
Tenho beijos haute cuisine
banhados num tinto de colheita envelhecida.
Para ti se faltares,
tenho um filme encomendado
entregue impreterivelmente
na hora da tua chegada.
Tenho sais de saudade
lágrimas em tons de rebuçados
luvas com o toque das nossas peles
e algumas orquídeas
especialmente vindas
do expresso da última noite.
Para ti se faltares,
tenho numa jarra o tempo
que dorme nos lençóis da nossa ausência.
Tenho rosários naquele quadro
que pintamos quando nos queríamos.
Para ti se faltares
tenho dois corações
para substituírem
aqueles que já não usamos.
Para ti se faltares.
,2017fevaNTÓNIODEmIRANDA
sexta-feira, 6 de abril de 2018
quinta-feira, 5 de abril de 2018
SEMPRE QUE O AMOR ME CHAMAR
Sempre que o amor me chamar,
seria bom,
que o meu atendimento,
não fosse direccionado
para
o
Voice Mail.
2018Abr_aNTÓNIODEmIRANDA
seria bom,
que o meu atendimento,
não fosse direccionado
para
o
Voice Mail.
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