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domingo, 13 de agosto de 2017

COURO/PICHA/&OSSOS

Couro/picha/& ossos.
Estou incendiado neste quarto imundo, hotel de todas as classes, ouvindo velhos carecas de púbis nojentas, tentando convencer a puta da EN1, que pouco antes os fitava com olhares de perdição.
Vamos mentir!
Pouco sobra nesta carteira e a outra vida, aquela escondida, já teve melhor maneira.
Sozinhos, encostados á árvore dos bicos, assobiam para o lado melodias desamparadas para disfarçar a falta de vaselina.
E fingem quando chegam a casa, um ar cansado. A criada está à espera.
A vaca disfarça apressadamente, beijo na testa, sorriso maquilhado, limpa a vagina ao toalhete, que bem lhe soube o minete.
Veja, há muito que estou à sua espera.
Ó querido, porquê tanto stress? Um dia vamos fazer amor. Não se apresse! A mim também não me apetece.
Recebeu o cheque, conferiu o numerário, olhou ternamente o dromedário e disse: ó tio, não fique triste. Em você isso sempre acontece. Não fique assim, não. Olhe, vou chamar o Tadeu, aquele que me fodeu até furar o colchão.
Querida! Como você é compreensiva.
Obrigado.
Sinto-me aliviado.
 

Melides,2017,jul_aNTÓNIODEmIRANDA

 

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