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quinta-feira, 20 de abril de 2017

CAHIERS DU CINEMA

Tenho o sono no filme errado. Talvez um erro de casting tenha ocorrido. Lamentamos a testosterona mas o organigrama segue dentro de momentos. Gosto deste realizador sentado numa cadeira sem alvíssaras. Tem na pala um olho decente e na cabeça uma câmara oculta de filmar sonhos. Pé ante pé tropeça no guião e desenrola acções de suspense com CLOSE UP de ketchup. Fica deleitado nas cenas de sexo emitidas com sons das paredes almofadadas. _Corta! Diz o aprendiz anão convenientemente depilado e com ares de óculos de feiticeiro. No seu pénis forrado a cabedal, preto de preferência, o 47x24x15, isto é o grande chavalão grita desalmadamente que não aguenta tanta realização. Impotente de merda, gritava a actriz especialmente convidada para a introdução.
Valha-me Cristo, o Cristóvão e porque não o Evaristo.
O realizador,
homem experimentado,
mijava no megafone desligado
e dizia para quem não o ouvia:
take 69.
Luzes!
Câmaras.
Acção.
Até que enfim,
declamava o óscar suplente
no seu fato de arlequim.




,2017,abr_.aNTÓNIODEmIRANDA

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