Ásperos
perfumes desaguavam
na sua pele levados por uma brisa cansada,
encenada
com toques subtis como que iluminando o seu olhar.
Ficava-se nos tempos de espera
e então olhava o sol espraiando-se
no parapeito com malmequeres
que secavam as lágrimas
de todas as ausências.
Na sombra do jardim das malícias,
regava as lágrimas
só para não as deixar fugir.
Enquanto nos sulcos da alma lavrada,
cresciam arestas tontas
em direcção aos desejos perfumados.
E de todo o sonho que tardava,
tinha agora só a memória de um dia
o querer beijar.
Todo!
Como se fosse a última vez.
2017,mar_.aNTÓNIODEmIRANDA
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