Não me faças
andar nas nuvens a envernizar diospiros,
enquanto róis as amoras que me roubaste.
Não gosto da sensatez
que me oferece eloquências mal paridas.
Cortar a eito mesmo sem jeito,
sentir o muro
a fugir
namorar o amparo
com um cajado eficaz
extirpar o frio
que me escorre da garganta
aparar a rebarba
com os pés demolhados
em água tépida.
Tirar os espinhos
deste ornato
com tanto tempo
de incómodo.
Fechar os olhos
e escolher uma nova dor
para a minha miragem.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
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