Teima em envelhecer-me
cravando-me nas costas ponteiros
que não sei acertar.
Há que respeitar a minha ausência
nos amanheceres em que não me apetece
discutir o preço.
Nada sei deste mistério
ou mesmo se é caso sério,
mas talvez alguma ostra tardiamente aberta
me diga qualquer coisa.
Talvez um risco de Magritte
me aconchegue este constante
tremendo mal estar.
A vida é como a torre de Pisa :
quando começa a ficar torta,
poucas vezes se endireita.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
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