É para ti que eu ralho,
sóbrio como de costume,
conquanto não entenda as tuas sugestões
para melhorar a humanidade.
Não consumo o teu ópio,
nem cobiço a corrente dourada
pendurada no pescoço,
só para atrofiar os estúpidos
que acreditam numa coisa tão mentirosa.
Patético sermão
incrustado de genuflexões sujas
enquanto monsenhores
enrabam outros senhores.
Nada é pecado nesta oração
rezada de joelhos
quando se esconde o ouro assassino
destilado nos corredores
onde tudo é absolvido.
E as criancinhas?
Deixai-as crescer.
Por agora é crime.
E temos outras coisas para foder!
2016,10aNTÓNIODEmIRANDA
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