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terça-feira, 16 de agosto de 2016

TEIA DE CINZAS

Do tanto que prometemos
tudo o vento rasgou.
São penas sempre presentes
feitas de beijos ausentes
que o teu olhar de mim ainda não disfarçou.
O resto do que ficou
passa tão triste naquela rua
onde nem sequer nos olhamos
de tanto nos desejarmos.
Sentimento tão atroz
o devir da nossa ilusão.
A culpa foi minha e tua
e neste nosso amor enganado
choro dois olhos morenos
perdidos numa teia de cinzas.
Todos pisam a nossa dor
nesta paixão que já não volta
que faz tão triste o nosso fado
num enlevo que não nos solta.
Agora chegada a hora
quero partir levando a saudade
feita no calor da nossa tristeza
que é agora a certeza
que desalenta toda a beleza
do amor por nós enganado.


,2016,08.aNTÓNIODEmIRANDA

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