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terça-feira, 9 de agosto de 2016

ESTÁ-ME NO SANGUE

Refugio-me num alfarrabista
Gosto de sentir este perfume na cabeça
E da calma das estantes
Que se reflecte na minha ideia
Vou depenicando títulos ao acaso
E mastigo páginas salivadas
pela bisbilhotice dos meus dedos
Converso com a jovem empregada
Que não me parece lá muito sabedora da matéria
Gosto deste labirinto
Que percorro de todas as maneiras
E apalpo ilusões sem destino sentido
Adoro este ritual
Onde tenho encontro marcado comigo
E subo os limites das minhas curiosidades
Há sempre um livro que me acompanha
no voltar a casa
O que posso fazer?
Está-me no sangue
Nunca vou mudar


2016,08aNTÓNIODEmIRANDA


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