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domingo, 17 de julho de 2016

AMADURECE, DE VEZ EM QUANDO…

Conspurcador de almas filantropas
sonegador de jackpots improváveis
assimila em demasia
teimosas vontades alheias.
Passeia-se no parque
disfarçado de periquito curioso
e circula em voos redondos
como se não fosse capaz de estar parado.
Levanta a voz,
baixinho,
acomodando o volume
à conveniência da intenção.
Faz que chora
mas nunca abraça a lágrima fingida
e descaradamente mostra defeitos
que não lhe pertencem.
Faz a soma iludindo a prova dos noves
e risca no quadro raízes arredondadas
à ínfima centésima.
Amadurece,
de vez em quando,
disfarçado em cachos de bananas.


Melides,2016,07aNTÓNIODEmIRANDA

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