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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Senhor Arsénio (1922-2016)



Perdi um amigo! Mais um caminho que vou percorrer sozinho.
Despedimo-nos com um beijo abraçado no dia 2 de Agosto do ano passado.
Há memórias que me irritam. Percorrem momentos feridos e apanham-me sempre na curva onde eu não dou por elas. Deveria de haver dores interditas à minha disposição.




CRÓNICAS DE MELIDES (2)
SINAIS DO FIM (poema para o Senhor Arsénio)




As estrelas dormem na velha palmeira
Cuidando do meu velho amigo
ARSÉNIO (1922).
Agora que nomes
Posso eu ouvir?
Ai vida, vida
Ouço-o falar
Com os olhos molhados.
Então diz-me
Para eu acreditar
Que tem sempre lágrimas
Dentro deles.
Algo me faz sentir
O começo da saudade.
Deixaram-me sozinho!
Agora
Que nomes tenho eu
Para chamar?



Melides2014

aNTÓNIODEmIRANDA

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