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quarta-feira, 17 de junho de 2015

CAMARIM


Agora
Que as luzes se apagaram
Não vale a pena fingir...
O actor que nunca quis ser
São poucas as vezes que quero
São muitas aquelas que não queria ter
Erros meus
Sem fortuna
Hipótese menstruada
Morte anunciada
Não passa de um verbo
O não ter querido querer
Não tenho em mim
Aquilo que desejei acontecer.
Não ligo bem com o passado.
Detesto a sorte que sempre me mente.
Nunca poderia ter sido diferente
Mesmo com a alma encharcada de ausências
Que doem para sempre.




,2015aNTÓNIODEmIRANDA

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