Come
alguma coisa que lhe dão, embrulhada em papel de alumínio.
Que vida
triste tem agora para viver.
Tinha tantos amigos, quando era ele a
pagar.
A vida era boa, mas não a soube viver.
Que poderá ele ser,
quando querem que faça o que nunca soube.
Embalado num funaná,
sente-se pequeno.
Tão pequeno que já cabe na sargeta.
Desenharam-lhe a vida com uma história que não lhe pertence.
A
nossa solidão é tão triste.
Bebedeira de frases que não consigo
dizer.
Bastou um olhar.
Sobrou a covardia da angústia e uma
tentativa inútil.
Recusei
a vontade de lhe tirar uma foto.
Não sou digno de roubar esta alma.
Não
sou o poeta das palavras difíceis.
,2015aNTÓNIODEmIRANDA
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